O Medicamento que pode estar destruindo seu cérebro!

Há muitos poréns neste vídeo.

  1. Não existe um estudo sério que demonstre que a vitamina B12 esteja envolvida nos processos de memória. Se ela realmente fosse indispensável nesses processos, bastaria comer carne em abundância para que ninguém tivesse demência senil, o verdadeiro nome do tal “mal de Alzheimer”, o que vai contra o mantra insano dos ecovigaristas e ecochatos que pregam o veganismo (abreviatura elegante para vegetarianismo).
  2. Não se sabe como a memória se processa. Vocês sabem como é feita a pesquisa em neurofisiologia da memória? Com ratos e camundongos, nos quais se dão choques elétricos nas patas sob certas condições, aplicam-se vírus que exprimem canais iônicos específicos no tecido cerebral, especialmente no hipocampo, para-hipocampo, amígdala nervosa e núcleos da rafe, estruturas bioquímicas chamadas de “engramas”. A “ciência” está engatinhando na pesquisa da memória e tem gente pregando a cura para os distúrbios de memorização e aprendizado. Quem iniciou os estudos modernos da memória foi Eric Kandel, que ganhou o Nobel de Fisiologia e Medicina de 2000 com suas pesquisas com a Aplysia fasciata, uma espécie de lesma-do-mar.
  3. Qual a bibliografia base deste “artigo”? Quais os estudos científicos publicados em periódicos de alto impacto que validam as teses aqui apresentadas?
  4. Outra crença insana é a dos males da automedicação. O efeito de um fármaco (o termo correto) depende unicamente de seu mecanismo de ação e não da vontade de quem o prescreve. Médicos não têm varinha de condão e ordenam que um comprimido ou injeção façam no organismo o que eles querem. O mecanismo de ação de um fármaco é matemático: 2+2=4, mas o efeito sobre o organismo é incerto, sendo qualquer coisa entre 3 e 5, passando obrigatoriamente pelo 4.
  5. Outro mantra que viola a mais elementar regra da bioquímica é o do estresse oxidativo. Vocês conhecem os mecanismos de reação que convertem a androstenediona em testosterona no homem? Se dá pela protonação, ou seja, um radical livre H+, que nada mais é que um hidrogênio faltando um elétron, protona a terminação hidroxila da androstenediona, formando a testosterona. Essa protonação por radical livre é essencial para a formação do hormônio masculino. Este é apenas um exemplo de como os tão demonizados radicais livres são essenciais no funcionamento do organismo e, se não fossem necessários, a natureza não os teria criado.
  6. Pesquiso psicofarmacologia há mais de 40 anos. O primeiro trabalho que apresentei em congresso, há quase 36 anos, tinha o título de “Farmacologia e comportamento humano” e já vi todo tipo de teoria esdrúxula, fajuta e fantasiosa sobre memória, aprendizado e farmacoterapia que, na prática, não passam de sensacionalismo barato para catapultar carreiras.

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Um comentário em “O Medicamento que pode estar destruindo seu cérebro!

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