Em um artigo publicado por Pedro Marques, editor-assistente do IDG Now! em 06 de fevereiro de 2009 (leia aqui), existem diversas informações erradas, para não dizer mentirosas, quer sejam:
1º. O Linux não viola patente nenhuma. A SCO tentou, na justiça, processar usuários de Linux por quebra de patentes do sistema UNIX, cujos direitos ela comprou, e não conseguiu provar nenhuma violação de patentes do UNIX. Lembram-se da campanha “Quero ser processado pela SCO” que a comunidade Linux promoveu há tempos atrás, quando circulou pela Internet um abaixo-assinado com assinatura de milhões de usuários Linux desafiando a SCO a processá-los por violação de patentes? Viram como não deu em nada? A SCO não conseguiu provar que uma linha sequer do código do UNIX fora copiado por Linus Torvalds, Alan Cox, Marcelo Tosatti, ou qualquer outro desenvolvedor independente do Linux. A Micro$oft vive berrando aos quatro ventos que o Linux viola suas patentes, mas nunca provou nada.
2º. O Linux já é o kernel mais usado em aparelhos portáteis, especialmente em celulares, onde distribuições como o Android, do Google, o Palm Pré, da Palm e outros, conseguem rodar até no iPhone.
3º. Nos servidores web e de dados, o Linux é o sistema mais utilizado. Quase todas as grandes corporações (que tem juízo) usam Linux em seus servidores. Nesta área, o M$-rWindows Server tem uma participação desprezível.
4º. Outra grande mentira é a questão da compatibilidade de hardware. Atualmente o kernel do Linux tem drivers específicos para quase todo o hardware disponível, e se não tem o específico, tem pelo menos um genérico e que funciona. Ao instalar o Linux, o usuário não precisa se preocupar com vídeo, som, rede… Tudo funciona automaticamente. Tenho três micros em casa, um deles com M$-rWindows XP, que uso apenas para tocar um scanner antigo (comprei em 2001) e que não tem suporte para Linux, e dois com Debian Linux 4.0 Ethl, sendo um servidor web, no qual este documento que você está lendo está hospedado, e uma máquina de edição e navegação web. Faço compras na internet, recebo e-mails, navego na internet, pago contas em internetbank apenas no Linux. Não uso M$-rWindows para navegar nem por acidente. As duas máquinas com Linux tem configurações muito diferentes e nunca tive problema com compatibilidade de hardware. Foi instalar e funcionar, enquanto na máquina com M$-rWindows XP toda vez que tenho que re-instalar o sistema (volta e meia dá “pau”, algo que não acontece no Linux), tenho que procurar os discos de instalação de placa de vídeo, placa de som, controlador USB, placa de rede e etc. 3º. O que falam de incompatibilidade de hardware no Linux é mentira. Foi assim no passado, mas atualmente é mais fácil instalar Linux do que M$-rWindows.
5º. As interfaces das distribuições Linux não são feias e mal-acabadas. São belíssimas e completas, tanto que a Micro$oft copiou, descaradamente, recursos do KDE, que já estavam presentes nesta interface desde a sua versão 3.0. A tão badalada interface aero do M$-rWindows Vista nada mais é que cópia (plágio, quebra de direito autoral, e etc) da interface Crystal, do KDE.
6º. Outro fator que não pode ser deixado de lado é a existência dos “técnicos” salafrários que instalam cópias piratas M$-rWindows nas máquinas daqueles que compram-nas com Linux, que são mais baratas, e depois querem colocar o M$-rWindows. Se não existisse essa figura criminosa e o interessado pelo M$-rWindows fosse obrigado a pagar sua cara e inútil licença, certamente ele tentaria aprender a usar o Linux.
7º. No mundo GNU/Linux os softwares são livres e distribuídos sob a licença GPL (General Public License, ou Licença Geral Pública) estando disponíveis 18.773 pacotes (programas) no repositório Debian, todos gratuitos, de qualidade, não perdendo em nada para os programas do M$-rWindows e estáveis, enquanto no mundo “das patentes” os programas são pagos, caros e instáveis como o M$-rWindows. Quantos softwares completos, estáveis, de qualidade e gratuitos existem para M$-rWindows? Nenhum. Existem milhares de programas para M$-rWindows ditos gratuitos, mas todos eles são versões limitadas de softwares pagos e caso o usuário queira usar todos os recursos, terá que pagar uma caríssima licença.
8º. Também deve ser ressaltado que a participação do MacOSX só aumentou nos desktops e nos laptops porque a Apple vende seus equipamentos com o sistema instalado e não permite que sejam substituidos por Linux ou por M$-rWindows.
É interessante ouvir leigos falarem mal do Linux, jornalistas que se dizem especialistas, mas que não entendem nada de Linux, escreverem reportagens mal-intencionadas e tendenciosas contra o Linux sem saberem que dependem dele até para sacar dinheiro no caixa eletrônico de um banco.
O que existe por trás do pouco uso de Linux nos desktop é a enorme e corrupta campanha publicitária da Micro$oft, aliada a empregados disfarçados de “jornalistas especializados”, empurrando a porcaria do M$-rWindows goela-a-baixo do público leigo, usando de mentiras como estas da violação de patentes e da incompatibilidade de hardware.
Eu recomendo o uso de Linux no desktop e também no laptop, tanto que tenho um Semp Toshiba Infinity com M$-rWindows Vista e quando preciso navegar na Internet, inicio a máquina com o Mandriva Flash 2008.1, que conecta até no TIM Web Movel, através de um moden Huawei E226, sem precisar instalar driver algum.
Vladimir Antonini
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