Casos de síndrome neurológica disparam no Peru, e governo declara emergência

Síndrome de Guillain-Barré é de origem autoimune e tem tratamento por imunoglobulinas humanas, que resolve até um certo ponto.

O governo do Peru declarou emergência nacional de saúde por 90 dias em razão da disparada no número de casos de pessoas com síndrome de Guillain-Barré (GBS, sigla do nome em inglês).

Até junho deste ano, 182 pessoas foram diagnosticadas com a doença — que afeta o sistema nervoso —, e quatro morreram. Do total, 31 pacientes continuam internados, informou o Ministério da Saúde, por meio de nota.

A declaração de emergência abrange as 25 regiões do país, e a intenção do governo é acelerar a aquisição de imunoglobulina para o tratamento de doentes com GBS até os próximos dois anos. O decreto também permite o financiamento para aquisição de bens e serviços destinados ao tratamento da doença.

“Houve um aumento significativo nas últimas semanas, o que nos obriga a tomar medidas de Estado para proteger a saúde e a vida da população”, disse o ministro da Saúde, César Vásquez, sobre a decisão tomada na sexta-feira 7 pelo Conselho de Ministros.

A síndrome de Guillain-Barré é uma doença rara, que se manifesta como uma fraqueza muscular progressiva nas pernas e nos braços e pode afetar o sistema respiratório. Em alguns casos, pode levar à paralisia. Um de seus sintomas mais frequentes é o formigamento e a falta de força nas extremidades.

A síndrome costuma ser provocada por um processo infeccioso anterior. A GBS não tem cura, porém, há tratamentos que conseguem aliviar os sintomas e impedir o avanço da doença.

Os sintomas podem durar semanas, e a maioria das pessoas se recupera, segundo Ministério da Saúde do Peru. No entanto, alguns pacientes ficam com sequelas.

Os tratamentos mais usuais podem envolver medicamentos como imunobiológicos, procedimentos de transfusão de plasma sanguíneo e técnicas de reabilitação.

As possíveis causas do aumento da síndrome ainda não foram informadas pelo Ministério da Saúde do Peru.

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