Dependendo do agente etiológico, a inflamação da vulva pode aparecer sob diversas formas clínicas.
Vulvite séptica – é causada por bactérias sépticas, determinando a infecção das glândulas anexas (bartholinite e skenite) ou abscesso dos lábios menores do pudendo.
Abscesso de grande lábio
Vulvite aftosa – provavelmente de etiologia virótica ou bacteriana, determina lesões sob a forma de pequenas vesículas ulceradas ou lesões extensas com exudato.
Vulvite aftosa
Úlcera de Lipschütz – apresenta-se sob a forma de úlceras recobertas de secreção purulenta. Sua etiologia é discutível, sendo atribuído ao “Bacillus crassus”.
Úlcera de Lipschültz
Vulvite herpética – causada por herpes-vírus, apresenta-se sob a forma de úlceras múltiplas e confluentes, provocando adenite inguinal.
Herpes genital em adolescente
Vulvite diabética – conseqüente às diabetes melitus, acomete as formações labiais sob a forma de eczema e prurido intenso.
Vulvite sifilítica – seu período primário se traduz pelo cancro duro, e o secundário, pelos condilomas planos, que são pápulas numulares de aspecto hipertrófico.
Vulvite sifilítica
Condiloma acuminado
Molluscum contagioso
Liquen esclero-atrófico – faz parte do quadro das distrofias vulvares crônicas, podendo constituir substrato de inflamações de natureza inespecífica ou micótica. Apresenta-se com aspecto de placas brancas, confluentes e pruriginosas
Líquen esclero-atrófico
Líquen esclero-atrófico
Aderência dos pequenos lábios ou aglutinação das ninfas (pequenos lábios) – a erosão da mucosa de revestimento dos lábios menores têm, provavelmente causa inflamatórias, e se ocorre nos primeiros anos de vida, provoca o acolamento dos lábios menores na linha median (figura 34).
Aderência dos pequenos lábios ou aglutinação das ninfas
Aderência dos pequenos lábios ou aglutinação das ninfas
Aderência dos pequenos lábios ou aglutinação das ninfas
Secreção sebácea
A inspeção nos órgãos genitais externos deve ser feita, em certos casos, com o auxílio de lupa, para se avaliar melhor verificação do aspecto das lesões. Frequentemente é necessária a colaboração do dermatologista, para o diagnóstico das lesões da vulva. O seguintes exames complementares podem ser realizados:
– exame microscópico direto do raspado das lesões.
– exame microscópico em campo escuro.
– cultura das secreções.
– reações sorológicas para diagnóstico de lues.
– dosagem de glicemia.
– pesquisa de glicosúria.
– biópsia.
Tratamento
É variável, dependendo do agente etiológico.
Vulvite aftosa, úlcerativa séptica – cuidados de higiene local pela aplicação de sabões neutros ou desinfetantes. Administração de antibiótico de largo espectro, por via oral ou parenteral. Em caso de abscesso, drenagem cirúrgica.
Vulvite por herpes-vírus – não há tratamento específico para este tipo de vulvite. Recomenda-se o uso de Zovirax tópico, oral ou parenteral, conforme a gravidade do caso.
Vulvite diabética – trata-se a diabete e, havendo infecção local por fungos, aplica-se violeta de genciana, em solução aquosa a 2%, três vezes por semana, no total de seis aplicações.
Vulvite verrucosa – aplicações de podofilina em solução oleosa a 25%, ou exérese cirúrgica, com bisturi elétrico, se as lesões forem grandes e confluentes.
Liquen esclero-atrófico – Recomenda-se aplicação local de corticóides, sob a forma de cremes. Estas lesões tendem a melhorar ou desaparecer na puberdade.
Aglutinação das ninfas – se o acolamento é frouxo, a simples tração lateral das formações labiais separa as ninfas. Seguem-se aplicações locais de crime de estrogênio, durante quinze dias, para facilitar a reepitelização. Se o acolamento é firme, a aplicação do creme de Estrogênios, por quinze dias, deve anteceder a manobra descrita acima. Esta medida facilita a resolução do processo.
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Oi, preciso de uma ajuda !
Ah alguns dias venho sentindo que minha vagina incha não sei o que esta acontecendo , mantenho relação depois mais consigo urinar pois a ardência é tamanha.
Tenho pra mi que isso pode ser candidiase
Pois sai tipo um creme branco com um odor meio parecido com o do ovo muito estranho
Estou assustada preciso de uma orientação
Obrigada desde já.
Gradielle:
É melhor você procurar seu ginecologista, pois pode ser uma infecção urinária associada a algum problema hormonal ou então uma vulvite inflamatória. Apenas com exames físico, laboratorial e citológico é possível dar um diagnóstico no seu caso.
Olá DR.
Parei de tomar o anticoncepcional a 6 meses e tenho percebido que desde então estou com um corrimento muito forte e granulado sem cheiro acompanhado por uma coceira que vem apos meu período de ovulação.
Estou com medo, pois estou querendo engravidar e tenho medo que isso me prejudique.
pelos sintomas é possível dizer o que é?
Melhor você ir ao seu ginecologista, pois pode ser desde um desequilíbrio hormonal por falta do anticoncepcional, até uma vulvo-vaginite. por alergia ou outra causa. O diagnóstico depende do exame físico.
ja doei sangue nunca atestou nada,as aftas sao dentro da boca normal a minha esposa diz que eu arranho os dentes,ja tomei remedio para verme e as vezes a pele da uma alergia rapida avermelhada
Adão:
No seu caso o exame físico é indispensável para o diagnóstico. Você tem que ir ao médico que, conforme o aspecto das lesões, pedirá exames específicos para desvendar o problema.