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Células discarióticas
Papanicolaou (1954) introduziu o termo “discariose” para descrever células apresentando anormalidades nucleares as quais variam de alterações leves para lesões apresentando suspeita de invasão. Após um intervalo no qual a terminologia tornou-se confusa por causa da variação entre laboratórios, um grupo de trabalho da Sociedade Britânica de Citologia Clínica (Spriggs et al., 1978) recomendou um retorno ao uso de “discariótica” para descrever células descamadas de lesões variando de NIC I (displasia leve) para lesões apresentando suspeita de invasão. Foi recomendado que o termo “célula maligna” poderia ser usado somente quando o esfregaço apresentasse diagnóstico característico de invasão. Em 1986 um grupo de trabalho da Sociedade Britânica de Citologia Clínica (Evans et al., 1976) ampliou as recomendações de 1978, mas manteve o uso do termo discariose. Para anormalidades não equivalentes à discariose, foi estabelecido que o termo “alterações borderline” seria usado. Continue lendo
Neoplasia intra-epitelial cervical (NIC)
Carcinoma de célula escamosa de cérvix, comumente desenvolve-se em epitélio metaplásico de zona de transformação; neoplasia intra-epitelial cervical é raramente vista além da última glândula (Burghardt, 1976). Coppleson & Reid (1973), apresentaram a teoria de que células metaplásicas imaturas são vulneráveis a agentes carcinogênicos (virais ou outros) os quais são transmitidos no coito e alteram o genoma celular para produzir uma linhagem celular que tem potencial neoplásico. Pode ser que anos após este início outros fatores desencadeiem a progressão. É provável que muitos cânceres passem por uma fase intra-epitelial antes de tornarem-se invasivos, mas a cérvix é a única que sendo facilmente acessível permite que as mulheres possam ser examinadas para detectar e tratar a doença em uma fase pré-invasiva. Além disso, o auxílio complementar da colposcopia pode ser utilizado para identificar área de epitélio anormal e assim biópsias dirigidas podem ser feitas para confirmação histológica. Continue lendo
Contaminantes
Organismos inesperados e estruturas podem ser achados no material cervicovaginal. Em alguns casos isto é causado por difusão de infecção extragenital ou contaminação da lâmina de vidro durante o uso ou Durante o processamento. Continue lendo
Alterações celulares causadas por infecção viral
Exemplos de citologia heterogênica
As alterações celulares apresentadas nesta secção são causadas por terapia. Será notado que há semelhança na aparência das células causada por diferentes formas de tratamento, como em todos os casos, teria ocorrido distúrbio básico no metabolismo celular. Células muito grandes (macrocitose) e formas celulares bizarras são características são vistas em mulheres com deficiência de ácido fólico onde há alterações no metabolismo de DNA (von Niekerk, 1966) sendo uma provável etiologia comum. Continue lendo
Adenose vaginal
Adenose vaginal pode ocorrer como uma anormalidade congênita e também com a exposição do feto ao dietilestilbestrol (DES) no útero (Prins et al., 1976). Por causa da associação de exposição ao DES com adenocarcinoma de vagina, meninas conhecidas por terem sido expostas desta maneira, têm sido controladas com esfregaços por aspiração vaginal. A presença de células colunares alerta para a necessidade de investigação adicional. Em outros casos, em algumas não expostas ao DES, o exame vaginal por outras razões tem mostrado anormalidades nos fórnices. O caso ilustrado aqui cai dentro desta categoria; ela não tinha sido exposta ao DES. Continue lendo
Reação tecidual
Durante a gestação, focos de decídua podem se formar em qualquer epitélio que deriva do ducto mülleriano. Quando isto ocorre na cérvix, as células descamadas da área são características, mas podem causar preocupação se não reconhecidas. Continue lendo
Cervicite folicular
Esta é uma reação linfocitária a qual é usualmente vista na profundidade do epitélio cervical, mas tem sido encontrada no fundo do epitélio vaginal. A coleção de linfócitos apresenta folículos normais com linfócitos maduros na periferia e formas imaturas no centro. A condição é mais comum nas mulheres pós-menopáusicas, mas também é vista como reação da infecção de Chlamydia (66). Nesses casos a cérvix é granular no exame colposcópico. Continue lendo
Vaginite atrófica
Esfregaços de mulheres pós-menopáusicas com vaginite atrófica mostram uma variedade ampla de alterações celulares resultantes da associação com infecção inespecífica. Em alguns casos o grau de anormalidade pode ser tão acentuado que causa suspeita de discariose. Com este grau de anormalidade é aconselhável repetir o esfregaço após o uso de creme estrogênico por quatro semanas. O tratamento causa maturação do epitélio escamoso pelo efeito direto de estrógeno no órgão alvo (vagina). Este é mais seguro que o estrógeno sistêmico, já que a resposta do órgão alvo varia com o tratamento sistêmico. Além disso, o epitélio atrófico é fino e facilmente traumatizável. A lesão pode ser microscópica, mas é refletida pelo conteúdo do esfregaço. Em três casos histiócitos e polimorfos estão presentes com histiócitos multinucleados e fibroblasto, os quais sugerem uma reação granulomatosa como a vista no tecido de granulação. Ulceração clínica também resulta em um quadro celular característico e esta pode ocorrer em mulheres com prolapso ulcerado ou em quem está usando anéis pessários. Continue lendo
Reações da superfície
Esta pode resultar de trauma persistente e infecção crônica e em particular da infecção pelo vírus do papiloma humano (HPV). O quadro histológico é de hiperqueratose, com células escamosas queratinizadas anucleadas ou paraqueratose, quando são vistas células queratinizadas com núcleos picnóticos degenerados. Continue lendo
Infecção e alterações reativas
Alterações reativas nas células são normalmente inespecíficas e independentes do fator causal. A infecção é uma causa comum, mas a reação também segue o trauma e concomitantemente reparação tecidual. Continue lendo
Esfregaço insatisfatório
Para um relatório confiável é essencial que o material na lâmina seja distribuído uniformemente, bem fixado, não obscurecido por sangue, células inflamatórias ou muco. Deveria também conter um número adequado de células escamosas e um componente endocervical. As quatro figuras seguintes ilustram lâminas as quais deveriam ser rejeitadas. Continue lendo
Células normais em aumento muito grande
O grupo seguinte de figuras demonstra células normais em aumento muito grande (lentes de imersão a óleo), para ilustrar a diferença no padrão de cromatina nuclear e diferenças citoplasmáticas entre vários tipos de células. Continue lendo
Células Endometriais
É normal e achar células endometriais do esfregaço Cérvico vaginal dois a três dias antes, durante e por poucos dias após a menstruação. Em algumas mulheres ocasionalmente a células endometriais são vistas no meio do ciclo na época da ovulação; isto pode ser também associado com a “mittelschmerz” (dor na ovulação). Mulheres usando um dispositivo intra-uterino contraceptivo (DIU) e geralmente desprendem células endometriais através do ciclo, mas com esta exceção as células endometriais achadas fora dos tempos especificados acima deveriam ter investigação adicional. Em particular, células endometriais achadas em esfregaços na pós-menopausa freqüentemente indicam doença mesmo quando as células parecem normais. Continue lendo
Metaplasia escamosa e zona de transformação
Sob a influência dos estrógenos, a cérvix torna-se evertida para expor o epitélio colunar do canal cervical. Isto é mais acentuado na puberdade e durante a gestação. É também visto em mulheres com estrógenos elevados por contraceptivos orais. O pH ácido da vagina estimula a substituição do epitélio colunar com epitélio escamoso por um processo de metaplasia escamosa (Singer & Jordan, 1976). A área na qual isto ocorre inicialmente é conhecida como “Zona de Transformação”. Nos estágios iniciais da metaplasia escamosa, células indiferenciadas multiplicam-se entre células colunares e a membrana basal. Isto pode se originar no local, mas quando houver destruição da superfície epitelial, por exemplo, por laser ou diatermia, forma-se uma camada celular semelhante. Isto sugere migração do estroma, o qual pode também ser o caso na metaplasia fisiológica. Em um estágio mais tardio, as células se estratificam e o epitélio é reconhecidamente escamoso, eventualmente a maturação é indistinguível do epitélio escamoso original. Embora a camada epitelial pareça mesma, o epitélio pode ser reconhecido como metaplásico por causa das criptas endocervicais serem vistas no estroma subjacente. Continue lendo
Esfregaço na pós-menopausa
No esfregaço cervical, as células escamosas são obtidas a superfície do epitélio, portanto em uma mulher sexualmente matura, estas células serão somente superficiais intermediárias. Como o epitélio está sob influência hormonal, o padrão de descamação celular varia dependendo do estágio do ciclo menstrual, durante a gestação e puerpério e também na jovem pré-púbere e na mulher pós-menopáusica. Continue lendo
Coisas da gravidez
A exclamação é freqüente quando se trata das mudanças que ocorrem durante os nove meses. Resolvemos antecipar algumas surpresas e contar coisas que provavelmente você só descobriria durante o percurso. Continue lendo
Rimonabanto chega ao Brasil
Um ano após ser aprovado pelo Ministério da Saúde, começa a ser comercializado no país o rimonabanto (princípio ativo do Acomplia), a mais recente promessa da indústria farmacêutica para tratar a obesidade e reduzir a gordura abdominal, associada a diabetes e doenças cardiovasculares. Continue lendo
Brasileiros descobrem células-tronco adultas em vaso sangüíneos
Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto concluíram, após cinco anos, um estudo que demonstra que as células-tronco adultas mesenquimais estão nas paredes de todos os vasos sanguíneos. Continue lendo