Noruega
O serviço farmacêutico da Noruega se caracteriza por seu caráter exclusivamente profissional e pelo controle rígido que o governo exerce nas questões profissionais e econômicas.
Na Noruega é indispensável ser farmacêutico diplomado e possuir determinada experiência profissional para requerer a licença para a abertura da farmácia.
A decisão de abrir uma farmácia se baseia na análise de vários fatores, como o número de habitantes por farmácia, a distância entre as farmácias e os meios de transporte. Para manter as farmácias em regiões de difícil acesso, pouco povoadas e de baixa rentabilidade financeira, o governo estabeleceu um sistema fiscal e de subsídios que compensa estas desigualdades, inclusive com a remuneração do farmacêutico em regiões muito afastadas dos grandes centros.
Um dos requisitos básicos para estabelecer a assistência farmacêutica de boa qualidade é assegurar o acesso seguro aos medicamentos. Para tanto, é necessário um mínimo suficiente de farmácias, uma distribuição geográfica eqüitativa, horário de funcionamento de acordo com as necessidades dos usuários, medicamentos acondicionados adequadamente e a presença e atuação do farmacêutico durante todo o funcionamento. Na maioria dos países da Europa a distribuição geográfica das farmácias está controlada.
Na Noruega, o número de habitantes por farmácia oscila entre 20.000 em certas regiões rurais e 10.000 em Oslo. A população do país é de 4 milhões de habitantes distribuídos por um dos países de maior extensão territorial da Europa.
Em fins de 1984 havia na Noruega 263 farmácias, que detêm a exclusividade da venda de medicamentos. Há 1.300 dispensários de medicamentos que estão controlados por uma farmácia e somente distribuem medicamentos sujeitos a prescrição.
A política de restrição do direito de venda de medicamentos só nas farmácias reflete o reconhecimento da importante função que o farmacêutico desempenha na atenção primária de saúde, aprovado por toda a população norueguesa.
Finlândia
Na Finlândia só um farmacêutico qualificado pode ser proprietário de farmácia. A licença para abertura de uma farmácia é pessoal e não pode ser nem transmitida nem alugada. O farmacêutico proprietário é o responsável pela direção, preparação e dispensação de medicamentos na farmácia. A farmácia tem doutorado e licenciados em farmácia, assim como técnico efetivo para os trabalhos administrativos.
Em 1984 havia 1.001 farmacêuticos que trabalhavam nas farmácias, 576 dos quais eram proprietários. O número de farmacêuticos assistentes era de 2.919.
A densidade das farmácias na Finlândia é de 6.900 habitantes por farmácia. Para uma população de 4,9 milhões de habitantes há 707 farmácias e postos farmacêuticos. Uma farmácia tem direito a ter 3 postos de medicamentos, que são controlados pelo farmacêutico proprietário, nas regiões pouco acessíveis, onde uma farmácia normal não seria rentável.
Em 1984, existiam 13 farmácias hospitalares na Finlândia, nas quais trabalhavam 359 farmacêuticos. As farmácias hospitalares e os dispensários atendem as necessidades dos hospitais e das instituições sociais, mas não lhes é permitido dispensar medicamentos aos doentes em ambulatório.
A formação farmacêutica comporta o farmacêutico diplomado em curso de duração de 5 a 6 anos e que dá direito a ser proprietário de uma farmácia ou de trabalhar na sua organização e direção. Os farmacêuticos assistentes que preparam e dispensam os medicamentos e atendem os clientes são formados em curso de duração de 2 anos e meio a 3 anos.
Na Finlândia, o sistema de saúde é dos mais eficazes do mundo e a mortalidade infantil é das mais baixas. Por esta razão, a Organização Mundial de Saúde (OMS) designou o país como modelo no quadro de seu projeto “A Saúde para todos no ano 2.000”.
A seriedade na assistência farmacêutica é, também, refletida na indústria farmacêutica, com a redução das especialidades farmacêuticas (3650) e do sistema de distribuição por atacado.
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