Como em qualquer jogo, o mercado de tecnologia tem ganhadores e perdedores.
Apresentamos, aqui, a turma que passou vexame em 2012. São oito produtos que prometiam muito, mas se revelaram desastrosos de alguma forma. Alguns, como o serviço de mapas da Apple visto nesta foto, apresentaram falhas graves. Outros não eram tão atraentes para o consumidor como seus fabricantes pensavam. Confira nas próximas páginas a lista dos grandes fracassos tecnológicos do ano.
Mapas da Apple
Cheios de erros, os mapas do iOS 6 foram um dos maiores vexames da história da Apple. O próprio CEO Tim Cook divulgou uma mensagem pedindo desculpas aos usuários. Ele chegou ao ponto de recomendar que as pessoas usassem serviços de concorrentes – como Nokia, Microsoft e Google – até que a Apple resolvesse os problemas. A crise ainda contribuiu para a demissão de Scott Forstall, um então poderoso vice-presidente sênior da Apple. Algumas correções já estão sendo feitas nos mapas. Mas o trabalho ainda está longe do fim.
Nexus Q
Anunciado no Google I/O, em junho, o Nexus Q era inovador. A enigmática bola preta recebia filmes e músicas via Wi-Fi, mandava as imagens para um televisor e o som para caixas acústicas. Dentro, ficava um processador de smartphone rodando o sistema Android. Mas um kit com o aparelho e mais cabos e caixas acústicas custava 747 dólares nos Estados Unidos, um preço exorbitante. O Apple TV, que tem funções similares, custa 99 dólares naquele país. Como se poderia esperar, o Nexus Q não conquistou muitos consumidores. O produto foi descontinuado pelo Google em agosto.
BlackBerry 10
Em seu auge, em 2009, o BlackBerry, da RIM, era a segunda plataforma de smartphones mais usada no mundo, com mais de 20% do mercado. Mas a RIM se acomodou e a linha BlackBerry entrou em decadência. Uma estimativa da IDC aponta que ela deve terminar este ano com apenas 4,7% do mercado. 2012 deveria ser o ano da reação da RIM, com uma nova linha de aparelhos e um sistema operacional renovado, o BlackBerry 10. Mas ano termina sem um único lançamento significativo da empresa, que só deve apresentar novos modelos no dia 30 de janeiro. Em 2012, ela perdeu o jogo por W.O.
Ultrabooks
No início do ano, os ultrabooks pareciam ser a salvação da indústria de PCs. Inspirados no MacBook Air, da Apple, eles são finos, leves e bonitos. São rápidos ao despertar e têm baterias que aguentam várias horas de trabalho. A previsão era que seriam vendidos 22 milhões neste ano. Mas os consumidores parecem estar mais interessados em tablets e smartphones do que em ultrabooks. Uma previsão da IHS iSuppli indica que o ano deve terminar com apenas 10,3 milhões de unidades vendidas, menos da metade do esperado.
Nokia Lumia 900
A Nokia até que tentou recuperar seu prestígio apresentando novos e atraentes smartphones em 2012. Mas tropeçou já no primeiro lançamento de peso, o Lumia 900. Logo depois que esse smartphone começou a ser vendido, em abril, descobriu-se uma falha séria nele, que prejudicava o acesso à rede celular. O problema foi rapidamente corrigido. Mas o estrago na imagem já estava feito e o smartphone encalhou nas lojas. Nos Estados Unidos, a Nokia ofereceu reembolso de 100 dólares aos usuários, ao mesmo tempo que as operadoras baixavam o preço do aparelho para 99,99 dólares. Para alguns compradores, o smartphone saiu de graça.
TV 3D
No início de 2010, a indústria de eletrônicos apresentava os televisores 3D como a grande tendência do momento em entretenimento doméstico. Mas faltou combinar com os consumidores. A falta de conteúdo em 3D, o preço alto e a necessidade de usar óculos para ver as imagens tornaram esses aparelhos pouco atraentes. Quase três anos depois, estima-se que apenas 3% das residências americanas possuam um televisor 3D. Não há dados sobre o Brasil, mas pode-se supor que o percentual seja ainda menor aqui.
Windows 8
O Windows 8 aponta um novo e interessante caminho para a computação pessoal, o dos dispositivos conversíveis que cumprem funções de tablet e de notebook. E é provável que faça sucesso com o tempo. Mas decidimos incluí-lo nesta lista porque praticamente todas as pessoas que o experimentaram detestaram sua interface gráfica com duas áreas de trabalho distintas – uma nova e outra similar à do Windows 7. O sistema foi criticado até pela Intel, parceira da Microsoft, e por Paul Allen, que fundou a empresa junto com Bill Gates.
Google Wallet
A ideia de usar o smartphone no lugar do papel moeda e dos cartões de crédito é antiga. O Google, junto com alguns parceiros, foi a empresa que mais avançou no objetivo de torná-la realidade. Seu aplicativo Google Wallet usa a conexão sem fio NFC – presente em smartphones avançados com Android – para realizar pagamentos por aproximação. Mas sucessivas falhas de segurança têm sido descobertas no sistema (como relata o blog TSC), o que faz com que poucas pessoas se arrisquem a usá-lo. É provável que tenha sucesso com o tempo. Mas, até agora, isso não acontece.
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