Pesquisadores alemães criam pequeno microscópio a laser capaz de estudar simultaneamente os sinais de diferentes células cerebrais.
Os testes da equipe do Max Planck Institute foram feitos em ratos, mas abrem caminho para equipamento que, um dia, poderão substituir os incômodos eletrodos fixados em pacientes durante exames da massa encefálica.
A ideia da pesquisa era estudar as complexas atividades cerebrais de muitas células ao mesmo tempo, mas sem a necessidade de prender ou confinar os animais.
Isso era necessário para compreender como o cérebro realmente funciona durante as atividades. Quando nos movimentamos, criamos a nossa impressão do mundo usando diversos sentidos simultaneamente. O problema das pesquisas sempre foi recolher dados das células enquanto elas fazem os cálculos das informações recebidas por olhos, ouvidos, pele, braços, pernas…
O microscópio criado pode ser transportado na cabeça de um rato e usa um pulso de alta potência para literalmente escanear as células abaixo da superfície do cérebro.
Como ele armazena dados de muitas células ao mesmo tempo, os pesquisadores puderam olhar pela primeira vez como cérebro gera uma representação do mundo externo. A esperança é que, com o avanço dos estudos, pesquisadores compreendam melhor como funciona a percepção e atenção.
O estudo foi publicado na Proceedings of the National Academy of Sciences.
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