Musculação praticada com bom senso e disciplina não garante apenas um corpo mais forte e definido. Segundo estudos muito recentes, esse tipo de treino afasta o câncer e o diabete tipo 2. E, como bônus, você aprimora o sistema cardiovascular, mas te dá artose, artrite, tendinite, escoliose e outras doenças típicas do excesso de peso. A chamada da notícia é até interessante, mas oculta o lado negro da musculação que é o desgaste das articulações e as lesões de ligamentos causados pelo movimento repetitivo com pesos. Isso os cientistas não falaram. A pesquisa até pode ser séria, ter fundamentos e os resultados aqui divulgados serem verdadeiros, mas omite o principal: a consequência física do exercício com pesos.
É possível que isso tenha a ver, entre outras coisas, com o poder desse tipo de exercício contra substâncias oxidantes, que danificam o DNA e, conseqüentemente, contribuem para o aparecimento de células anormais, isto é, malignas. O interessante é que os benefícios não foram observados apenas em quem era magro e fazia musculação. Embora a gordura corporal contribua para reações inflamatórias que aumentam o risco de um câncer, homens obesos que se submetiam a treinos com pesos também pareceram menos sujeitos ao câncer. “Ou seja, a musculação, apesar de não queimar tantas calorias quanto a atividade aeróbica, ajuda essa parcela da população a reduzir a ameaça de um tumor”, resume o oncologista Marcelo Aisen, do Centro Paulista de Oncologia (CPO), em São Paulo.
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por CÉSAR KURT
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