Voluntários digitam com o poder da mente

Os resultados desse estudo prometem. Pode nascer aqui mais uma área na bioinformática.

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Ondas cerebrais conseguem digitar letras em número em computador da Mayo Clinic, nos Estados Unidos.

O estudo foi feito com pacientes que já possuíam chips implantados na superfície do cérebro, e servem de base para que pessoas com algum tipo de deficiência possam controlar objetos com a mente.

Os dois voluntários para a pesquisa sofrem de epilepsia e já haviam passado por uma cirurgia, que requer incisão no crânio, para implante dos chips com o objetivo de localizar a origem de suas crises.

Liderados pelo Dr. Jessy Shih, da Mayo Clinic, e Dr. Dean Krusienski, da Universidade do Norte da Flórida, os pesquisadores decidiram que estes dois pacientes seriam um modelo muito melhor para testar a interface homem-máquina. Isso porque o feedback dos eletrodos seria mais específico do que os dados coletados por chips colocados fora do cérebro.

O estudo consistia em sem sentar em frente a um computador que rodava um software desenhado para interpretar sinais elétricos vindo dos eletrodos. Os pacientes tiveram que olhar para a tela, que continua uma matriz com diversos quadrados, sendo que um único caractere (número ou letra) estava dentro de cada um deles.

Cada vez que um quadrado piscava, o paciente deveria fixar o olhar nele. O computador gravou as respostas cerebrais e, em seguida, os voluntários tiveram que focar em letras específicas para que, novamente, o software gravasse as informações.

O computador então calibrou o sistema com as ondas cerebrais de cada paciente e, quando o paciente olhou para uma letra ou número qualquer, o computador foi capaz de interpretar o sinal e o caractere surgia em uma nova tela. Segundo os pesquisadores, a precisão é de quase 100%.

As descobertas foram apresentadas no Encontro Anual da Sociedade Americana de Epilepsia 2009. O objetivo final é auxiliar pessoas com alguma deficiência a mover objetos – por exemplo, uma prótese de braço ou perna. A tecnologia exigiria uma operação no crânio para implante; além disso, o software teria que ser calibrado a cada indivíduo para cada movimento necessário.

Transcrito do Plantão Info

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