Mata, ô se mata. Mata mesmo!
Quer ver um exemplo?
Em Jerusalém, no Pessach do ano de 44 d.C. um pum foi responsável pela morte de aproximadamente dez mil pessoas!
Você acredita?
Pois foi isso mesmo…
Sabe como isso aconteceu? Será que foi o catastrófico resultado de uma feijoada completa e indigesta? Ou será que havia câmaras de execução em massa, para as quais armazenavam-se os indiscretos gases produzidos por nós? Uma versão mais rústica da técnica das câmaras de gases utilizadas para execução nos campos de concentração nazistas?
Não, certamente não foi assim.
Naquele Pessach, como até hoje é comum nas importantes datas religiosas, uma multidão de devotos encheu a cidade sagrada de Jerusalém. Sob o olhar vigilante e apreensivo de tropas romanas, os judeus aglomeravam-se dentro e ao redor do Templo de Jerusalém, entoando suas rezas e cumprindo seus deveres. Eis então que, nesse clima religioso e divino, um dos soldados romanos que fazia a guarda do templo virou as costas para a multidão e… PUM! É isso aí. Soltou um sonoro e estarrecedor pum, daqueles dignos de prêmio!
Mas se você acha que ele foi suficiente para matar dez mil judeus, está precipitando um pouco as coisas…
Segundo Flavius Josephus, o principal historiador do período da ocupação romana na Palestina através do qual nos chega essa narração, esse ato foi suficiente para deixar inconformados os fiéis. Na verdade, isto foi a gota d’água, pois a situação vivida já não era das melhores, uma relação recheada de ódio e ressentimento.
Revoltados, enquanto alguns judeus exigiam punição rigorosa ao desrespeitoso soldado, outros mais exaltados começaram a atirar pedras nos soldados romanos. Em pouco tempo, a festa virou uma enorme confusão, e as estimativas apontam cerca de dez mil mortos nesse triste e fedorento dia.
Mas afinal, o que é um pum?
Chamamos de pum a expulsão dos gases intestinais que se formam nos animais. Sua produção não é um dom exclusivamente humano, sendo freqüente também em outros grupos de animais. Na verdade, quando soltamos um pum, estamos liberando os gases produzidos pelas bactérias que vivem em nosso interior, gases decorrentes de seu metabolismo.
Um “pum médio” contém aproximadamente 58% de nitrogênio, 21% de hidrogênio , 9% de dióxido de carbono, 7% de metano e 4% de oxigênio – todos gases absolutamente inodoros. Os responsáveis por sentirmos a presença mesmo do pum silencioso são compostos de amônia e enxofre, apenas 1% do total do pum.
Todo mundo solta puns. Uns evitam, outros parecem fazer questão de ser notados. Uns soltam mais, outros menos. Isso depende muito do organismo do indivíduo, seu metabolismo e, claro, do que ele se alimenta. Há alguns alimentos que favorecem a produção de gases, como os laticínios, repolho, brócolis e cenoura crus, soja, cebola, maçã, banana, melancia, gorduras, cereais ricos em fibra, carboidratos e, como todos já sabemos – e sentimos – o feijão. Na média, soltamos de 600ml a 1 litro de gases todos os dias, em prestações. Eles são liberados em vigília ou durante o sono…
Agora, essa história de ficar com a mão amarela… Ah! Aí não tenho a mínima idéia!
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