Hume

DAVID HUME (1711-1776), filósofo e historiador, estudou Direito na Universidade de Edimburgo, na Escócia, mas não se graduou. Dedicou-se a uma carreira comercial, mas, como não a achou do seu agrado, viveu com sua pequena renda durante três anos de estudo autodidático no campo da filosofia, na França. Mudou-se para a Inglaterra e escreveu A Treatise of Human Nature ( Tratado Sobre a Natureza Humana)(1739), seu trabalho de maior importância para a psicologia. Seguiram-se outros livros, e ele alcançou considerável fama como escritor, enquanto trabalhava como secretário, bibliotecário, juiz-advogado de uma expedição militar e tutor de um lunático de berço nobre. Ocupou também vários cargos governamentais e foi muito bem recebido na Europa.

Hume apoiou a noção lockeana da combinação de idéias simples em idéias complexas, e desenvolveu e tornou mais explícita a teoria da associação. Concordou com Berkeley que o mundo material não existe para o indivíduo até ser percebido, e levou a idéia um pouco mais longe: aboliu a mente como substância, dizendo que ela, tal como matéria, é uma qualidade secundária. A mente só é observável por meio da percepção e não passa do fluxo de idéias, sensações e lembranças.

Estabeleceu uma distinção entre duas espécies de conteúdo mental: impressões e idéias. As impressões são os elementos básicos da vida mental, assemelhando-se à sensação e à percepção na terminologia de hoje. As idéias são as experiências mentais que temos na ausência de objetos estimulantes, seu equivalente moderno é a imagem.

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