Verme pode ajudar a tratar artrite reumatóide, diz estudo

É possível que um verme traga algum tipo de benefício terapêutico a qualquer pessoa, pois considerando-se que o potencial farmacêutico dos componentes da flora e da fauna terrestre é muito pouco conhecido, qualquer substância, ainda que possa ser a mais bizarra ou a mais improvável possível, pode trazer benefícios no tratamento de doenças.

Uma molécula secretada por vermes do tipo nematóide pode ajudar no desenvolvimento de um tratamento mais eficaz para tipos de artrite com inflamação.

Os vermes nematóides são os causadores da elefantíase e, segundo os especialistas, a molécula ES-62 já circula no sangue de milhões de pessoas infectadas com o verme nos trópicos.

A equipe de cientistas, das universidades de Glasgow e Strathclyde, afirma que doenças auto-imunes, como artrite reumatóide e esclerose múltipla tendem a ser raras em países onde infecções provocadas por vermes são endêmicas.

Eles acreditam que a molécula ES-62 pode ser chave na prevenção dessas doenças e pretendem produzir uma derivativa sintética da substância que poderia ser usada para combater artrite reumatóide.

Segundo os especialistas, a presença da molécula ES-62 no organismo não provoca efeitos colaterais e nem inibe a habilidade de as pessoas infectadas lutarem contra outras infecções.

Iain McInnes, um dos pesquisadores envolvidos no projeto, disse que a molécula ES-62 parece agir como um termostato que combate doenças inflamatórias, deixando os essenciais mecanismos de defesa intactos para lutar contra outras doenças e o câncer. “Essa propriedade também faz da molécula uma ferramenta única para que cientistas identifiquem como tais doenças inflamatórias ocorrem”.

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