Diz uma lenda grega antiga que o deus ASCLÉPIO tinha um descendente e ele se chamava HIPÓCRATES DE CÓS. Segundo a lenda, Hipócrates era descendente do Deus Asclépio por parte de pai e do herói Hércules por parte de mãe.
Hipócrates (em grego, Ἱπποκράτης) era grego e nasceu em 460a.C., na ilha de Cós (por isso era cognominado de Hipócrates de Cós), na costa da Ásia Menor. A data de sua morte é incerta: alguns dizem que viveu 85 anos, outros lhe dão 110 anos. Foi sepultado em Larissa, na Tessália , e durante muitos séculos o povo da cidade venerou o túmulo de Hipócrates, onde um enxame de abelhas tinha construído seus favos. Supunha-se que o mel dali recolhido tinha grandes qualidades curativas. Essa crença demonstra até que ponto a fama do sábio se havia propagado. Segundo seus biógrafos, ele foi membro da Sociedade dos Asclepíades (os filhos de Asclépio), uma associação Maçônica daquelas épocas, que congregava os sábios, os estudiosos e os eruditos.
Hipócrates viveu há quase 2500 anos e sua vida não é conhecida com exatidão. Como acontece com todos os homens de fama, os fatos reais ganham uma aura de lenda. Por esse motivo, as volumosas biografias de Hipócrates, encontradas em antigas bibliotecas, narram fantasiosamente episódios de sua infância, descrevem suas viagens, relatam mesmo suas ásperas discussões com os terapeutas de seu tempo. Estes se utilizavam mais da magia do que da ciência. Hipócrates, não. Como verdadeiro precursor que foi, realizava até trepanações do crânio, sob o olhar atento de seus discípulos. Praticava essa operação – audaciosa para sua época – a fim de eliminar o excesso de líquido encefálico, causador da perda de visão. Este tipo de cirurgia perdurou por muitos séculos, sendo abandonada no final da idade média e retomada no começo deste século.
De acordo com a lenda, Hipócrates teria inicialmente praticado sua propedêutica em Cós, tratando os doentes que buscavam as fontes termais da cidade. Viajou pelas cidades e países do mundo grego, estudando a constituição física das populações e suas doenças mais freqüentes. Teria chegado até Cnido (onde havia uma escola de Alquimia), Tessália, Egito e Cítia. Entre seus clientes figuravam muitos chefes de Estado. Consta que recusou um convite de Artaxerxes I para atender ao exército persa, vitimado por uma epidemia. Para isso alegou que sua honra não lhe permitia socorrer inimigos de sua pátria, pois Artaxerxes I era rei da Pérsia, e os médicos (como eram chamados os persas) eram inimigos figadais dos gregos e volta e meia tentavam invadir e dominar a península grega, sendo que o Egito antigo, outro grande centro de estudos e difusão da alquimia, tanto que criaram até a neurocirurgia, foi dominado por Cambises, filho de Ciro, que conseguiu esse feito devido ao desgaste das dinastias de Faraós que governavam o país naquelas épocas, mas foram expulsos quando do histórico renascimento Saíta, uma revolução que dominou o trono do Egito, levou a capital para a cidade de Saís, por isso o nome de renascimento Saíta, e expulsou os invasores médicos, sendo que esse termo refere-se diretamente aos Persas, bastando para se comprovar isso, o título que é dado dentro da história da humanidade para as guerras travadas entre gregos e persas, chamadas classicamente de Guerras Médicas. Como existiam diversas escolas de Alquimia na Pérsia antiga, provavelmente o nome Medicina tenha sido adotado pelos profissionais emancipados em 1240 devido aos estudos nelas realizados e que iam desde a anatomia até a alquimia pura com investigações acerca da transmutação de metais em ouro e muitos outros estudos. Como se sabe e se pode provar historicamente, a alquimia antiga é a farmácia de hoje.
Hipócrates estabeleceu os passos principais a serem seguidos pelo terapeuta: primeiro, a anamnese que é a investigação que leva à formulação das hipóteses sobre a doença, depois vinha a diagnose, ou seja, a identificação da moléstia e por último a terapia, isto é, os meios de cura. Como que a própria natureza humana reage às doenças, segundo os postulados Hipocráticos, a tarefa do terapeuta se resumia em ajudar ao máximo esta capacidade natural de restabelecimento.
“Os sintomas não são doença”. Essa afirmação foi uma descoberta valiosa da escola Hipocrática. Hipócrates descreveu sintomas de muitas doenças e indicou seu tratamento. Deixou extenso receituário, à base de plantas, que hoje está inteiramente superado: na época não se conheciam bem a anatomia e a fisiologia. Seu mérito foi apontar, com o dedo de mestre, o método pelo qual a propedêutica se tornaria uma ciência, e colocar em papiros, o “caderno de anotação ou papel” daquelas épocas, os ensinamentos e experiências colhidas quando de sua passagem pelas escolas de Alquimia da Pérsia e do Egito antigo, principalmente neste último, em cujas escolas de alquimia ele aprendeu as práticas cirúrgicas, especialmente a trepanação de crânios que deu origem a neurocirurgia, com os sacerdotes do Faraó.
Por volta dos anos 300a.C., começaram a circular textos de propedêutica que ficaram conhecidos como Coleção Hipocrática. O nome de Hipócrates merecia tanto respeito que servia para englobar num só grupo os trabalhos inspirados em sua doutrina.
Por esta razão, tem sido colocada em dúvida a autoria desses livros: se alguns seguramente pertencem ao mestre, outros se devem a discípulos e seguidores. A Coleção compõe-se de 53 tratados, nos quais se pode descobrir os ensinamentos de Hipócrates e ter uma idéia do que pensava. A ele são atribuídos os seguintes escritos: O Juramento, Tratado Sobre o Mal Sagrado, Os Ares, As Águas e os Lugares, O Prognóstico, o primeiro e terceiro livros do Tratado sobre Epidemias e mais A Propedêutica antiga e os Aforismos.
A Coleção Hipocrática está entre as primeiras obras que abordaram a Propedêutica como ciência natural e experimental. Hipócrates separou a propedêutica da filosofia, tirando-a do caminho da especulação abstrata para colocá-la na trilha do estudo racional. Em outras palavras, recorreu à razão para avaliar os dados extraídos da experiência.
Essa orientação contrariava os Sacerdotes-terapêutas, que atribuíam todas as doenças a forças divinas e misteriosas. A superstição reinante na época dava margem a estranhas receitas. Por exemplo, exigia-se que o doente de epilepsia (chamada o mal sagrado) vestisse roupas negras, não colocasse um pé sobre o outro e não usasse pele de cabra. Tudo isso para afastar o demônio causador da moléstia.
Em seu livro Juramento, encontra-se o famoso Juramento de Hipócrates que os médicos de hoje adotam e propagam como se houvesse sido criado para eles, mas como se pode comprovar historicamente, na época em que ele foi escrito não existia medicina, ainda, e por isso, ele não é o juramento dos médicos, mas sim o de todos os profissionais da área de saúde e ainda, na ânsia de enfeitar e florear o juramento, os médicos de hoje ainda cometeram gafes históricas, como por exemplo a colocação inicial do deus grego Apolo como sendo o Médico dos médicos, sendo que na realidade, Apolo (ou Febo), filho de Zeus e Hera, era o deus criador da poesia, da música, do canto e da lira. Era a personificação do amor masculino. Asclépio sim era o deus protetor da saúde, esta citada no juramento como se fosse um deus ou deusa, mas que não é encontrada em nenhuma referência histórica fidedigna sobre Mitologia Grega ou mesmo História da Grécia Antiga. E ainda, deve-se lembrar que o termo médico se referia aos homens (e mulheres também) naturais ou nascidos nos domínios Persas e os persas eram inimigos mortais dos gregos daquelas épocas e por isso, Hipócrates não teria sido louco de usar este termo em um documento escrito em Atenas antiga, pois se o tivesse feito, certamente teria sofrido o mesmo destino do filósofo Sócrates, ou seja: a morte por envenamento pelo extrato da Cicuta sp.. Por imposição dos médicos (não os persas, mas os profissionais emancipados em 1240), ficou reservado aos farmacêuticos um resumo do juramento de Hipócrates e que é feito pelos farmacêuticos quando lhes é imposto o grau, mas que na realidade deveria ser feito o juramento original, sem as incongruências e gafes que lhe foram incorporadas, como se vê abaixo.
Juramento de Hipócrates – segundo a medicina atual
“Juro por Apolo, o médico, por Asclépio e a Saúde, e por todos os deuses e deusas que, de acordo com minha capacidade e meu julgamento, manterei este juramento e esta estipulação – para contar com aquele que me ensinou esta arte tão cara para mim, como para meus pais, para compartilhar com eles as minhas posses, a aliviar suas necessidades conforme o preciso; olhar pelos seus descendentes do mesmo modo como por meus próprios irmãos, e ensinar-lhes esta arte, caso a desejem aprender, sem qualquer paga ou recompensa e que, por preceituação, lição ou qualquer outro modo de instrução, conferirei os conhecimentos da arte a meus próprios filhos e aos de meus mestre aos discípulos ligados por um compromisso e juramento de acordo com as leis da MEDICINA mas a nenhuma outra. 1- Seguirei o sistema e regime que, de acordo com minha capacidade e julgamento, considerar benéfico para meus pacientes, abstendo-me de tudo que for nocivo ou malfazejo. Não darei qualquer medicamento mortal à ninguém, caso solicitado, nem sugerirei qualquer conselho dessa espécie; de igual maneira, não darei pessário abortivo a uma mulher para causar abortamento. Com pureza e santidade, levarei minha vida e praticarei minha arte. 2 – Não cortarei pessoas com cálculos, mas deixarei isto para ser feito por práticos de tal obra. Em qualquer casa que eu entrar, fá-lo-ei em benefício aos doentes e me absterei de qualquer ato voluntário de maldade e corrupção, bem como da sedução de mulheres ou homens, de livres ou de escravos. 3- Qualquer coisa que, em conexão com minha prática profissional ou não, eu escutar ou ver, sobre a vida humana que não deva ser comentado fora, eu não divulgarei, considerando que isso deva ser mantido em segredo.
Enquanto eu prosseguir mantendo intacto este juramento, seja-me dado gozar a vida e a prática da arte, respeitado por todos os homens, em todos os tempos. Porém, caso eu transgredir e violar este juramento, o inverso seja minha sina.
Em sublinhado estão as gafes e as incongruências do juramento na sua forma atual. A palavra Medicina, com certeza, foi acrescentada ao juramento, e o deus Asclépio referido no juramento era o padroeiro ou patrono da Alquimia de Zoroastro. Saúde não é deus nem deusa, é um estado.
Para os farmacêuticos atuais, o juramento imposto pelos médicos ficou assim:
Juramento do Farmacêutico – forma atual
“Prometo, no exercício da profissão farmacêutica, ser sempre fiel aos deveres da honra, da ciência e da caridade. Nunca me servirei da profissão para corromper os costumes ou favorecer o crime.
Se eu cumprir este juramento com fidelidade, goze eu, para sempre, a minha vida e a minha arte, de boa reputação entre os homens. Se eu o infringir ou dele me afastar, suceda-me o contrário”.
Hipócrates de Cós, 460 a.C.
Meditando acerca deste juramento e comparando-o com o dos médicos, vê-se nitidamente que está explícita a intenção de submeter os farmacêuticos tanto através de notícias e propagandas enganosas veiculadas pelos meios de comunicação de massa, quanto através de artifícios filosóficos como este que acaba de ser mostrado. O absurdo da coisa é que sequer se preocuparam em pesquisar a mitologia grega antes de compor o seu juramento.
Além das doenças do soma, Hipócrates também se preocupou com as doenças da Psique ou seja, da mente, elaborando aquela que pode ser considerada como a primeira Teoria da Personalidade. Acreditava-se então que o organismo humano produzia quatro diferentes elementos, ou humores: a bílis preta, o sangue, a bílis amarela e a fleugma. Segundo Hipócrates, esses elementos seriam responsáveis pela determinação do temperamento individual. Assim, uma pessoa cujos humores estivessem misturados em proporções adequadas teria uma personalidade bem equilibrada. Caso contrário, as propriedades do humor dominante tenderiam a caracterizar sua personalidade. Um desequilíbrio de sangue, por exemplo, produziria uma pessoa sangüínea (alegre, otimista), enquanto que uma abundância de fleugma produziria uma pessoa fleugmática (calma, impassível).
O empenho de Hipócrates em estabelecer uma relação entre o corpo e a alma, ou ainda, entre o físico e o mental, revela uma preocupação que tem acompanhado o homem em todos os tempos: conhecer a estrutura, o conteúdo e as funções de sua mente. Devido a esse despertar de Hipócrates para os problemas da mente, a Grécia é considerada também como o berço da Psicologia porquê foram os gregos os primeiros a atribuírem causas ambientais e sociais às doenças da mente e todos eram tratados em liberdade e sob os auspícios dos deuses.
A bem da verdade histórica, pois que a história é uma ciência exata e imparcial, se faz mister dizer e assumir claramente que Hipócrates não pode ser considerado o pai da medicina, pois simplesmente essa ainda não existia e o que se deve lhe atribuir sim, é o mérito de ter compilado os ensinamentos obtidos nas escolas de alquimia de Cnido, Tessália, Trácia, Pérsia, especialmente do Egito antigo, por onde andou e aprendeu as técnicas cirúrgicas com os Sacerdotes-cirurgiões egípcios que lhes revelaram também os conhecimentos de anatomia, fisiologia e ainda, a farmacoterapia utilizada na época. Se Hipócrates pode ser considerado pai de alguma ciência, essa deve ser a Psicologia, pois foi ele quem escreveu a primeira teoria da personalidade de que se tem notícia, a famosa Teoria dos Humores, descrita anteriormente.
HEROPHILUS
Ao redor dos anos 335-280a.C., o grego HERÓFILO (ou Heráfilo), considerado o Pai da Anatomia, não aceitando a teoria dos humores de Hipócrates, passou a atribuir os distúrbios mentais à anomalias do encéfalo.
ASCLEPÍADES
Por volta do ano 150a.C.Asclepíades considerou que as anomalias mentais eram o resultado de transtorno emocionais. Recalcou a distinção entre enfermidades agudas e crônicas e diferenciou as ilusões das idéias delirantes. Recomendou os métodos psicológicos no tratamento dos doentes.
CELSO
CELSO (25a.C. a 50d.C) , em seu texto clínico, recomendou tratamentos rudes ao paciente mentalmente enfermo para devolvê-lo bruscamente à saúde. Seu livro Malleus Maleficarum (Martelo das Feiticeiras), que influenciou muito, foi um dos primeiros que se imprimiram, por volta de 1478, e trazia uma a justificativa “bem argumentada” para os tratamentos desumanos dados aos doentes mentais e que perduraram por séculos. Isso era a “Medicina”. Torturas, métodos ortodoxos, espancamentos, vilipêndios, etc..
THEOPHRATHUS
Na Grécia surgiu a primeira classificação botânica e sistemática, feita por THEOPHRATHUS, no século VIIa.C.
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