China: uma civilização antiquíssima

No Extremo Oriente, em ricos solos de “loess” cortados pelos rios Amarelo e Azul, desde dezenas de séculos antes de Cristo, operosa população de raça mongolóide constrói sua civilização. Sua origem se perde no tempo e é de difícil determinação. Sabe-se que no século XXIII a.C. teria reinado o Imperador Yao.

A partir do século XX a.C. sucederam-se as dinastias Chung, Tsin (III a.C.), Ming (1368) e Mandchu (até 1912). A partir de então a China se transformou numa república e mais tarde adotou o regime comunista.

Durante a dinastia Chung viveu Confúcio (Kung-Fu-Tse – “o Mestre”), que criou e ensinou a doutrina do culto dos antepassados, a pregação da bondade, do perdão e da amizade. No século VII a.C., o reformador Lao-Tse deixou forte influência entre seu povo.

A China sofreu muitas invasões de seu território. Para defender-se dos hunos foi construída, ao tempo da dinastia Tsin, gigantesca muralha que mede mais de 2 mil km de comprimento.

Os chineses revelaram, desde o início de sua vida, uma extraordinária vocação para a agricultura (considerada a primeira das artes). Para dar o exemplo a seu povo, o próprio imperador (o “Filho do Céu”) pegava do arado e lavrava a terra uma vez por ano.

Os chineses também foram habilíssimos artesãos, trabalhando com delicadeza e graça suas porcelanas, móveis laqueados, jade e tecidos de seda.

Sua escrita, bastante complicada, consistiu primeiramente em pictogramas (pinturas representando símbolos de coisas), depois ideogramas (grupos de pictogramas representando idéias), finalmente fonogramas (desenhos representando sons). No total, possuem milhares de caracteres difíceis de gravar e representar. Apesar disso inventaram o papel, sobre o qual imprimiam seus livros. Inventaram também a pólvora e a bússola. Estas extraordinárias invenções só chegaram ao Ocidente (Europa) levadas pelos árabes, no fim da Idade Média.

Na China antiga, o Imperador SHEN NUNG foi o primeiro a pesquisar as plantas e a testar seus efeitos, fazendo aqueles que foram os primeiros ensaios farmacológicos de que se tem notícia, nele mesmo. Foi ele que descobriu o ginseng e quem primeiro descreveu os usos “medicinais” da Cannabis sativa, a maconha, já no ano 2737 a.C

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