E existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara: a elegância do comportamento!
A elegância do comportamento vai muito além do uso correto dos talheres e abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza. E a elegância que nos acompanha na primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais cotidianas, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto. É a elegância desobrigada.
É possível detectar a nas pessoas que elogio mais do que criticam, que escutam mais do que falam, nas pessoas que não fazem ou alimento fofocas.
É possível identificá-la nas pessoas pacíficas, que não gritam e não ofendem quem quer que seja. Nas pessoas que demonstram interesse pela fala do outro; que usam de franqueza sem serem rudes; que respeitam as diferenças de opinião e, ao defenderem seus pontos de vista, não se alteram ou agridem seus interlocutores.
É possível detectá-la em pessoas pontuais. Nas pessoas que evitam atitudes ou assuntos constrangedores porque não sentem prazer em aborrecer ou humilhar ninguém. Nas pessoas imparciais no seu relacionamento interpessoal, que não prejudicam os desafetos nem favorecem os afetos, em detrimento da justiça.
Ser respeitoso com as pessoas, independentemente da sua condição étnica, social, opção religiosa ou sexual, é profundamente elegante!
Quem cumpre o que promete, quem não sobrecarrega os outros, que faz a sua parte e, se necessário mais até, é muito elegante!
É elegante não ser espaçoso, respeitando a intimidade e os sentimentos dos outros. Ser discreto, ter limites, saber quando parar (de brincar, de falar, etc) e muito elegante, também.
É elegante retribuir carinho e solidariedade, não fazer cobranças pelo bem realizado, não culpar os outros (principalmente pelas costas), não se omitir. É elegante o silêncio, diante de um desequilíbrio, o perdão diante de uma ofensa…
É sumamente elegante reconhecer o mérito dos outros e não aceitar elogios pelo trabalho realizado pelo colega.
Ser igualmente gentil com todas as pessoas independentemente da posição que ocupa, no serviço que realizam; colocar-se no lugar do outro, oferecer ajuda habitualmente, é super elegante.
Sobrenome, jóias e nariz empinado não substituem a elegância do gesto. É elegante a gentileza… Atitudes gentis falam mais que mil palavras… Abrir a porta para alguém é muito elegante… Dar o lugar para alguém sentarn é muito elegante… Sorrir, sempre, é muito elegante e faz um bem danado para a alma…
Oferecer flores e ajuda é muito elegante… o olhar nos olhos ou conversar, é essencialmente elegante… algumas pessoas são naturalmente elegantes. Para quem ainda não é, a saída é desenvolverem cinismo arte de conviver: é só “dar um chega para lá” para o nosso lado brucutu e começar…
Educação enferruja por falta de uso.
E, detalhe: não é frescura!
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