Os médicos que tentam aprovar este fármaco no Brasil estão agindo sob tutela e patrocínio da indústria farmacêutica que os paga para desafiar a conservadora Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
A droga Lorcaserina foi aprovada pelo FDA para alguns casos, não para todos, sendo classificada por aquela agência na classe IIb, categoria A na qual são incluídos fármacos com evidência de eficácia, mas que necessitam de maiores pesquisas por não ter, justamente, um estudo multicêntrico tendo sido conduzido apenas com um grupo de 3.182 pacientes em situação de extremo controle, com pessoas de mesmo tipo étnico, dieta, modo de vida e cultura.
Não foram feitos testes multicêntricos com pacientes das mais diversas raças e etnias existentes no planeta, sendo esta uma condição limitante para a liberação de um fármaco para o público em geral e para tratamento de todos os quadros de obesidade, independente das comorbidades existentes.
Outro fator que depõe contra a liberação desta droga é a pouca informação ou conhecimento sobre o mecanismo de ação da droga. Sabe-se apenas que ela é uma agonista de receptores 5HT2C, mas não se sabe exatamente como a droga atua na ativação deste receptor, existindo mais dúvidas que certezas quanto aos efeitos possíveis, tanto benéficos quanto maléficos de curto, médio e longo prazo e devido principalmente a estas incertezas, a ANVISA, que é muito mais conservadora e cautelosa que o FDA e não libera fármacos sem ter certeza de sua segurança, suspendeu o registro da droga no Brasil até que estudos mais abrangentes e esclarecedores forneçam maiores informações sobre a Lorcaserina. Leia mais…
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