Camelôs de São Paulo vendem à luz do dia prescrições falsas para antibióticos, remédios para os quais a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) exige receita médica desde novembro.
Pela via ilegal, a receita para antibióticos custa R$ 30 no entorno da praça da República, da praça da Sé (região central de SP) ou do Largo 13 (zona sul).
O papel forjado é oferecido discretamente pelos conhecidos “plaqueiros”. A reportagem esteve na sexta-feira passada na região central e comprou, com dados pessoais falsos, uma receita de amoxicilina 500 mg. Poucos minutos depois, havia adquirido o remédio em uma drogaria do bairro.
Na compra da receita, o “vendedor” perguntou o nome do cliente, “quantos miligramas” do remédio precisaria e “quantas vezes ao dia”. Em seguida, foi a uma papelaria, comprou uma folha de carbono e tirou de uma sacola um bloco com carimbo de uma médica que não foi localizada, mas cujo registro no Cremesp é verdadeiro.
No preenchimento, o rapaz errou a grafia do medicamento, e só a corrigiu após alertado pela reportagem. A correção causou uma pequena rasura na receita, mas foi fácil comprar o medicamento em uma drogaria da rede Onofre.
A drogaria argumentou que “não há indícios visíveis de que a receita seria falsa”. Além disso, diz que não pediu o documento do cliente porque a Anvisa só tornará isso obrigatório a partir de 25 de abril. A Anvisa, contudo, afirma que a obrigatoriedade já está em vigor.
A Covisa (Coordenação de Vigilância em Saúde) da prefeitura, disse que caso sejam constatadas irregularidades na fiscalização que realiza junto às farmácias, o comércio pode ser advertido, interditado, multado e até ter os medicamentos apreendidos.
Da Folha de S.Paulo
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Na minha cidade é vendido receitas pelas proprias clínicas por 5 ou 10 reais.
É por isso que este país não vai para frente. A corrupção domina de canto a canto do Brasil e o povinho do bolsa-esmola e outras benesses governamentais ainda acha tudo normal, natural ou legal, inverjando os corruptos que tomaram o poder de assalto.