Os campos e as áreas da Psicologia

Psicologia Comparada

Inclui todas as abordagens comparativas, entre elas, a Psicologia Étnica, que estuda a conduta de indivíduos pertencentes a raças ou etnias diferentes, e a Psicologia Genética ou Evolutiva, que se preocupa com as fases do desenvolvimento dos indivíduos.

Psicologia do Desenvolvimento

Dedica-se a investigar as leis que regem as mudanças que ocorrem no indivíduo, na medida em que ele se torna mais velho.

Psicobiologia

Utiliza métodos da fisiologia e da psicologia, podendo ser chamada também de Psicofisiologia e interessa-se pelas relações entre os processos fisiológicos e o comportamento, enfatizando o sistema nervoso central.

Psicologia Social

A Psicologia Social, que alcançou grande desenvolvimento com os trabalhos de KURT LEVIN, estuda o comportamento, as atitudes e as crenças dos indivíduos, em suas relações com outros indivíduos, em um determinado ambiente social.

Psicologia da Personalidade

A Psicologia de Personalidade, bem como a Psicopatologia, entre outras, representam também áreas importantes da psicologia. Enquanto a primeira se atém às estruturas da personalidade, a segunda focaliza as perturbações mentais e emocionais em seu processo evolutivo.

Psicologia Aplicada

A Psicologia Aplicada, cujos princípios nem sempre são diretamente derivados da psicologia pura, tendo muitas vezes se desenvolvido independentemente, a partir do esforço para solucionar problemas práticos, tradicionalmente é divida em três grandes áreas: Psicologia Clínica, Educacional e Organizacional (ou do Trabalho).

– A Psicologia Clínica, área que alcançou grande desenvolvimento sobretudo nos Estados Unidos, é ao mesmo tempo um setor aplicado e um campo de pesquisas. A partir do exame e do diagnóstico clínico de todos os aspectos do indivíduo, formula orientações que visam o ajustamento de crianças, adolescentes e adultos, no lar, na escola ou no trabalho.

O método clínico, essencialmente individual, consiste na observação aprofundada do paciente, seja através de um exame histórico, seja através da análise de testes capazes de fornecer um “perfil” quantificável.

– A Psicologia Educacional, absorvendo contribuições da psicologia da aprendizagem, da motivação do ajustamento e preventiva, aplica-as à educação de crianças, adolescentes e adultos, na sala de aula ou fora dela.

O trabalho do psicólogo educacional aproxima-se do efetuado pelo psicólogo social, na medida em que a pesquisa e avaliação da realidade sócio-econômica dominante são fundamentais para a obtenção de seu objetivo: acompanhar e prevenir os possíveis problemas gerados durante a aprendizagem ou pela incorporação de novos valores. Juntam-se a essa meta o livre desenvolvimento da personalidade e da criatividade do escolar.

– A Psicologia Organizacional ou do Trabalho, tem como objetivo o estudo do indivíduo em situações de trabalho e a aplicação de conhecimentos psicológicos à análise e ao controle do comportamento em seus aspectos relacionados às atividades profissionais. Abrange, assim, um grande número de aplicações da psicologia, abordando desde problemas de liderança e chefia até a seleção, treinamento e orientação do pessoal.

Ergonomia

Outra área importantíssima da psicologia é a Ergonomia, que trata da adaptação do trabalho ao homem, e não do homem ao trabalho.

Um exemplo clássico do trabalho dos ergonomistas é a adaptação que se fez necessário dos bancos das locomotivas importadas da Inglaterra pelo Brasil em meados de 1949.

O homem inglês possui estatura bem mais elevada que o brasileiro e por isso, as banquetas dos maquinistas eram mais altas e provocava distúrbios sérios da coluna vertebral, deixando muitos profissionais da condução ferroviária fora de serviço devido às fortes dores nas costas. Acionados os ergonomistas, esses identificaram imediatamente o problema e o sanaram, ordenando aos engenheiros que adaptassem as banquetas à estatura do maquinista brasileiro.

Outro exemplo da aplicação da ergonomia à arquitetura e à engenharia pode ser visto na construção da Praça Rui Barbosa, no centro de Curitiba. Quando decidiu-se pela construção da praça, demoliu-se o antigo prédio existente e terraplanou-se com máquinas o terreno, deixando franqueada a passagem de pedestres que por ali transitaram durante um mês. Ao término deste prazo, avaliou-se, pelas marcas de pés no terreno, os caminhos mais utilizados pelos pedestres e nestes pontos foram construídas as calçadas.

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