A primeira Loja Maçônica fundada na Comarca de Curityba, e a segunda, na Provínvia do Paraná, foi a Loja “Fraternidade Coritibana“, tendo sido emitido seu breve em 1º/04/1845 – (Bol GOB 1896 pág. 351).
Curitiba em 1855 – Original no Instituto Histórico e Geográfico do Paraná.
Mapa da cidade de Curitiba em 1857. A população, em 1858 era de 11.313 pessoas.
Conta-nos, o irmão Francisco de Paula Dias Negrão, em “Memoria da Santa Casa de Misericordia de Curityba”, editado em 1933, que:
“A Sociedade – “FRATERNIDADE CURITYBANA” – cuja existencia datava de epocha anterior a 1843, já em 1852 se havia constituido em sociedade philantropica, sob a denominação de – IRMANDADE DE MISERICORDIA DA CIDADE DE CURITYBA” – com o nobre objectivo da pratica de actos de benemerencia, principalmente na pratica de socorros á indigentes e desvalidos. Era possuidora de um bom predio, na então Praça da Matriz, canto da Rua Fechada, que lhe fôra doada pelo Revdo. Padre Antonio Teixeira Camello, em seu testamento, abérto por sua morte ocorrida em 24 de Abril de 1847 (com 63 anos de idade). Por essa forma, ficou a Irmandade de posse daquella propriedade, que passou a fazer parte de seu patrimonio.”
“Impressionados com as noticias, de que a Provincia do Pará estava sendo implacavelmente attingida pelo – coléra-morbus – e que em outros pontos do Paiz, já tinha irrompido esta terrivel molestia, reuniram-se em casa do Dr. José Antonio Váz de Carvalho, Chefe de Policia, varias pessoas gradas1, afim de tomarem as medidas necessarias á impedir que a molestia viesse encontrar a Provincia desprevenida de recursos prophilaticos e hospitalares. Foi nomeada uma commissão de 12 membros, da qual fazia parte o Dr. José Candido da Silva Muricy, Medico militar residente em Curityba.
A Commissão, que foi constituida em 19 de Agosto de 1855.
Em 16 de Setembro, o Dr. Muricy apresentou ao Dr. Beaurepaire, Vice Presidente da Provincia, em exercicio, importante relatorio, no qual salientou o valor do trabalho elaborado pelo Dr. Paula Candido, Presidente da Commissão Sanitaria e Junta Central de Higiene da Capital do Imperio; mostrou tambem, a necessidade da vinda de mais 6 medicos e 2 pharmaceuticos, visto como, havia na Provincia, lugares em que não se encontrava ao menos um curandeiro, havendo falta absoluta de remedios, pouco adiantando nesse caso, a presença de medicos, e sem tudo isso, não se poderá combater o coléra-morbus, maximé, em serra acima, onde não ha uma – unica botica – apesar de haver uma população de cerca de 40 mil almas. É necessaria a vinda, não só de medicamentos, como tambem de todos os utencilios proprios para seu preparo e manipulação, diz o Dr. Muricy.”
gradas1= no sentido de graudas, de grande peso político, social, ou moral na cidade.
Do jornal “19 de Dezembro”, Nº 32, pág. 3,dia 07/11/1855
“Os membros da – “LOJA MAÇONICA – CANDURA CURITYBANA” – do Oriente de Curityba, reunidos em Sessão especial dia 7 de Novembro de 1855, resolveram offerecer á Irmandade da Santa Casa de Misericordia, o predio de seu Templo, a Rua Direita, hoje 13 de Maio, com todos os moveis, bens e numerarios, para patrimonio e séde do novo hospital, dessa Irmandade, que em sessão de 10 desse mez resolveu acceitar a nobre offerta da Loja “Candura”.
Jornal “19 de Dezembro”, nº 33, pág. 3, dia 14/11/1855.
Transcrição da escritura de doação, no 2º Tabelionato de Notas – clique para ampliar.
Participaram desta Loja, que confirmamos em citações, os seguinte irmãos:
- Antonio Teixeira Camello ( Padre )
- Cândido Martins Lopes (Pai) – Proprietário do Jornal “19 de Dezembro”.
- Fernando Machado de Souza (Capitão )
- João Baptista Brandão de Proença
- João Caetano da Silva
- João de Abreu Sá Sottomaior e Araujo (Reverendo)
- José Borges de Macedo (Alferes )
- Manoel Gonçalves de Moraes Roseira (Comendador)
Transcrito de: “A Maçonaria no Paraná” – Vol. 1 de 7, páginas 27 e 28 – Registro de Direitos Autorais nº 240.200.
Transcrito da página do Museu Maçônico Paranaense do Grande Oriente do Brasil
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