Se você possui um Raspberry Pi e não fez dele uma estação de games com o RetroPie, é possível que você utilize o bichinho como uma estação de desenvolvimento ou mesmo um computador compacto pessoal e barato, rodando Raspbian (o sistema operacional mais popular para a plataforma), o Pidora ou mesmo o Ubuntu. A Raspberry Pi Foundation no entanto decidiu entrena na brincadeira e ela própria fornecer um SO com o PIXEL: seu próprio sistema Linux que utiliza uma interface desktop customizada do LXDE X11 e o Debian como base, sendo incrivelmente leve e flexível.
A fundação sequer implica com software proprietário, tanto que ele vem com o Flash instalado. E por ser democrática desse jeito decidiu que todo mundo merece utilizar o PIXEL. Assim, o SO agora está disponível em uma versão de testes para computadores x86, rodando de maneira descomplicada em PCs e Macs.
O PIXEL (Pi Improved Xwindows Environment, Lightweight) é um sistema operacional pensado para consumir poucos recursos de hardware, ao mesmo tempo em que conta com aplicações e ferramentas completas como qualquer outra versão do Debian que se preze. Ele é bastante simples e intuitivo, voltado tanto para profissionais quanto para leigos. E agora com a versão para x86 é possível testá-lo em qualquer computador, até mesmo os mais antigos (ele exige um mínimo de 512 MB de RAM).
A ISO do sistema possui 1,3 GB e pode ser tanto queimada em DVD ou transferida para um pendrive, como também executada através de máquinas virtuais. Ele não pode ser instalado diretamente no hardware sem algumas maracutaias, ele foi desenvolvido como uma versão Live para rodar diretamente da mídia externa. No entanto, aqueles que optarem por utilizar um pendrive podem fazer uso do modo de persistência, que armazena todas as alterações realizadas após o boot (não disponível para quem utilizar um DVD).
A versão para computadores do PIXEL possui quase tudo que sua contraparte para Raspberry Pi, com exceção do software Mathematica e o game Minecraft, já que a fundação só possui os direitos para distribuir ambos em suas versões dedicadas a seu próprio hardware. Não que isso seja um problema para usuários Linux no desktop de qualquer forma.
Eben Upton, fundador da Raspberry Pi Foundation lembra no entanto que o PIXEL para desktops ainda é uma experiência ainda em seu início: muitas configurações podem não funcionar devido incompatibilidade com os diversos componentes disponíveis, mas estão trabalhando para tornar o sistema operacional funcional e completo. E como é um software leve que pode ser testado sem maiores problemas, eu diria que vale a pena ser conferido.
Fonte: Raspberry Pi Blog.
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