O povo brasileiro precisa se convencer de que o presidente Lula também erra. E muito. Do jeito que tudo está posto, a impressão que resta é de o homem jamais erra. Como se fosse um ser celestial.
Quando acontece alguma coisa que entregue o presidente como culpado por erros cometidos, os panos quentes e as respostas para isentá-lo estão sempre prontas. Tudo bem planejado para sugerir, sem apontar, que os responsáveis são outros.
A grande marca registrada desta pretensa eterna inocência do nosso presidente já se tornou famosa quando, diante da provada descoberta do Mensalão, disse: Eu não sabia!
Agora, diante da descoberta do claro interesse do PT em revogar a Lei de Anistia, que muitos estão denominando corretamente de Estupro, a turma protetora do líder já saiu com a desculpa de que Lula não leu o que assinou.
Essa desculpa é velha. Muito velha. É a tal do SCC: Se Colar Colou! Quando alguém tenta um golpe, ou comete um deslize, dependendo da reação do atingido pede desculpas dizendo que houve um mal entendido. Ou, simplesmente, diz que estava brincando.
O decreto do Estupro, como já é sabido, foi defendido pelo ministro Vanucchi, dos Direitos Humanos (?), e Tarso Genro, da Justiça (?). E a ministra Dilma foi incumbida de fazer o relato ao presidente, que acabou por assiná-lo. Isto prova que Lula não pode ser um mero inocente-útil da querida turma. Esta não cola. Caso Lula se declarasse enganado, com certeza todos já estariam demitidos. O que não aconteceu.
A imprensa brasileira, preocupada em contar o dinheiro da publicidade que o governo usa para calar sobre os assuntos que não devem ser noticiados, jamais imaginava que o El País (jornal da Espanha) fosse dar a notícia.
Só a partir de então o grave assunto passou a ser explorado. O curioso é que muita gente ainda admite que basta consertar o texto. Sem essa. Se quisermos a PAZ, tão desejada no Natal e para 2010, a única saída é acabar de vez com o decreto do Estupro.
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