Isso tem fundamento. Diabetes é uma doença de baixa incidência em italianos. A dúvida dos cientistas quanto a ação central do resveratrol talvez se explique pela presença de algum receptor periférico da droga, quem sabe à nível de pâncreas.
Vários pesquisadores acreditam que um dos efeitos benéficos do vinho tinto é a proteção contra o diabetes tipo 2. Mas o assunto ainda é controverso, e alguns desconfiavam que esse efeito poderia ser mediado pelo resveratrol, presente na casca de uvas vermelhas, capaz diminuir o nível de glicose no sangue de roedores. O mecanismo de ação, porém, era desconhecido, mas um estudo publicado na revista Endocrinology esclareceu o mistério: o resveratrol age diretamente no cérebro.
Estudiosos da Universidade do Texas injetaram o resveratrol no cérebro de ratos e verificaram aumento da secreção de insulina e redução dos níveis glicêmicos, mesmo nos animais que receberam dieta hipercalórica. A substância interage com a sirtuína, proteína encontrada no sistema nervoso central. A descoberta pode dar origem a medicamentos que tenham a sirtuína como alvo. Pesquisadores ressaltam, porém, que o mecanismo não parece explicar o efeito protetor do vinho contra o diabetes tipo 2, já que o resveratrol não atravessa facilmente a barreira hematoencefálica.
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