Energia escura impede o crescimento de galáxias, revela pesquisa. Imagem do aglomerado de galáxias Abell 85, a 750 milhões de anos-luz da Terra, uma das amostras analisadas pelos cientistas para rastrear a energia escura.
Pela primeira vez, os astrônomos conseguiram observar os efeitos da energia escura sobre os objetos com maior massa do universo. O estudo foi feito com ajuda do observatório de raios-x Chandra, da agência espacial americana.
A partir da análise das nuvens de gás presente nos aglomerados de galáxias, eles descobriram que esses agrupamentos cresceram muito pouco, ou nada, nos últimos sete bilhões de anos devido à energia escura.
Segundo o líder do estudo, Alexey Vikhlinin, do Observatório de Astrofísica Smithsonian, em Cambridge, a energia escura provoca uma espécie de estreitamento no espaço ao redor desses grandes aglomerados de galáxias, impedindo que eles se desenvolvam.
A energia escura é um dos maiores mistérios da astronomia. Segundo os cientistas, esse agente pouco conhecido compõe a maior parte do universo. Por isso, entendê-la melhor ajudará os pesquisadores a prever o destino das galáxias.