Fundado em 20 de outubro de 1926, no município de Deodoro, o Hospital São Roque foi uma referência no acolhimento dos portadores de “lepra”, como então era conhecida a hanseníase, correspondeu a uma medida profilática para conter o avanço da doença, isolando os acometidos. Além disso, ela também se insere em uma política governamental de atenção à saúde pública, que se estruturava no Paraná e no país a partir daquele período, com padrões internacionais em termos de leprosário.
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Com uma aréa de 42 alqueires, cerca de 25 quilômetros distante de Curitiba e dispunha de água, energia elétrica e espaço para a agricultura e a criação de animais, o que lhe dava independência em relação à cidade.
Além da ala hospitalar, o espaço chegou a contar com cinema, igreja, minimercado, delegacia, correios, cemitério, campo de futebol, e duas áreas de moradia: os “carviles” e as casas da colônia.
Nos Carviles eram abrigados os doentes que não precisavam ficar hospitalizados, mas ainda demandavam cuidados de enfermagem. Já as casas serviam aos internos com boas condições de saúde, que eram abrigados aos pares. Os pacientes que chegavam ao São Roque faziam daquele espaço sua casa. O Hospital chegou a abrigar em torno de 1.300 pacientes.
No início de suas atividades a manutenção ficaria a cargo do Estado e a administração foi confiada a uma congregação religiosa da ordem das irmãs franciscanas de São José, inicialmente com 8 (oito) Irmãs vindas da Alemanha, a pedido do governador do Paraná, para atender aos enfermos, que eram transportados até ali de trem.
A partir de 1983 assim descobertos os mecanismos de controle e cura, foi abolida a prática de isolamento compulsório e São Roque perdeu sua condição de Hospital Colônia, recebendo então a denominação de Hospital de Dermatologia São Roque, mantido pela Secretaria de Estado da Saúde.
A partir de 20 de agosto de 1990 a denominação foi alterada para Hospital de Dermatologia Sanitária do Paraná.
Atualmente são ofertados atendimentos na área da dermatologia, hansenologia e atenção especializada com estomoterapeuta no cuidado com feridas. São realizadas consultas médicas especializadas em dermatologia, hanseníase, vascular e cardiologia; pequenos procedimentos cirúrgicos e biópsias; reabilitação com fisioterapeutas e terapeuta ocupacional, além de atividades com equipe multiprofissional (enfermagem/psicologia/serviço social e nutrição). O acesso ao serviço é via central de regulação do Estado pelo sistema de agendamento CARE/SESA.
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