Google avança em medicina com IA

A inteligência artificial (IA) associa dados e sintomas usando ferramentas estatísticas de probabilidade para dar um diagnóstico, mas há casos de anomalias ou síndromes genéticas raríssimas e pouco conhecidas que não possuem dados estatísticos relevantes e não são considerados pela IA, bem como o sonho de um robô médico ou um médico robô é muito antigo, vem de, ao menos, um século atrás, retratado em filmes como A geração de proteus, dentre outros.

A gigante californiana está dobrando a aposta em “medicina algorítmica” e anunciando novidades.

O Google anunciou nesta terça-feira, 19, uma série de lançamentos em inteligência artificial e modelos de aprendizado de máquina de grande escala para fortalecer sua atuação no campo da “medicina algorítmica”.

Dentre as novidades, destaca-se o coaching personalizado para usuários de Fitbit, versões especializadas do Gemini para análise de imagens médicas que alcançaram 91,1% de precisão e a criação da Skin Condition Image Network (SKIN), uma base de dados dermatológicos voluntária.

O intuito da SKIN é superar as limitações das bases de dados médicas atuais, promovendo a inclusão de imagens de condições da pele de diversas populações, abrangendo diferentes raças, regiões geográficas e gêneros.

Este passo marca a transição do teste de LLMs em simulações para a aplicação em ambientes hospitalares reais, um movimento pioneiro que promete remodelar a detecção e diagnóstico de doenças.

Greg Corrado, diretor sênior da Google Research, destaca a importância do feedback real para o futuro dessas ferramentas: “se não for bem aceito por pacientes e médicos ou não se mostrar prático, estamos prontos para recuar”.

Com essa iniciativa, a Google segue o caminho de outras gigantes do setor como Apple, Amazon e Microsoft, no desenvolvimento de soluções inovadoras em saúde baseadas em IA.

IA vai superar humanos em cinco anos

O CEO da OpenAI, Sam Altman, acredita que Inteligência Artificial Generativa (AGI) vai estar disponível em até cinco anos.

A AGI, diferentemente das tecnologias de IA atuais, focadas em tarefas específicas, promete uma revolução pela capacidade de aprender, se adaptar e resolver problemas em uma variedade de campos, de maneira comparável ou até superior à humana.

“Se a AGI for criada com sucesso, essa tecnologia poderá nos ajudar a elevar a humanidade, aumentando a abundância, impulsionando a economia global e auxiliando na descoberta de novos conhecimentos científicos que mudam os limites do possível”, destacou a equipe da OpenAI.

Em uma sociedade já familiarizada com IA para jogar xadrez ou recomendar filmes, a AGI se distingue por sua capacidade de realizar aprendizados e se adaptar sozinha para desafios diversos, como faz o cérebro humano. Este avanço tem o potencial de reformular todos os setores de atividade humana.

Os reflexos da AGI ultrapassam a facilitação de tarefas cotidianas, abrindo portas para um crescimento exponencial em pesquisas e descobertas científicas. Seu poder de análise de dados e reconhecimento de padrões pode acelerar significativamente o desenvolvimento tecnológico e científico, além de promover uma reestruturação econômica e do mercado de trabalho.

A jornada em direção à AGI, como apontada por Altman, é composta por uma série de avanços na pesquisa em IA, cada descoberta pavimentando o caminho para a próxima. Embora haja variadas previsões sobre a linha temporal exata, o consenso é de que a AGI está no horizonte próximo.

Este avanço traz consigo desafios para a sociedade, incluindo a necessidade de adaptação econômica e profissional. Os impactos da AGI na força de trabalho e na economia exigirão decisões políticas complexas.

Com a pesquisa avançando rapidamente, estamos à beira de uma nova era da humanidade.

O que é Inteligência Artificial Generativa

A Inteligência Artificial Generativa, ou AGI, é uma área de estudo que busca criar máquinas capazes de realizar qualquer tarefa intelectual que um humano pode fazer.

Pense numa tecnologia que não só executa tarefas específicas, como dirigir um carro ou jogar xadrez, mas também pode aprender e se adaptar a novos desafios, como um humano faria. A AGI representa o auge da inteligência artificial, onde as máquinas não só imitam habilidades humanas em áreas específicas, mas possuem a capacidade geral de pensar, aprender, e resolver problemas de forma autônoma em qualquer campo do conhecimento.

Hoje, a maioria das tecnologias de IA que vemos é especializada em tarefas específicas, conhecida como IA “fraca” ou IA “estreita”. Essas máquinas são programadas para realizar um único tipo de tarefa, como reconhecer imagens ou processar linguagem natural, mas não conseguem sair dessas funções predefinidas. A AGI seria capaz de aprender qualquer tarefa intelectual, sem estar limitada a um único domínio.

A busca pela AGI é um campo de grande interesse para pesquisadores e cientistas. A realização de uma verdadeira tecnologia AGI não apenas revolucionária a tecnologia e a sociedade, mas também obriga a humanidade a reconsiderar a natureza da inteligência e o papel das máquinas no mundo.

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