A próxima versão secundária do OpenZFS está quase pronta e o ZFSBootMenu facilita a inicialização do Linux a partir dele, por meio de uma solução alternativa inteligente. Em resumo, o OpenZFS 2.2 está quase chegando e o ZFSBootMenu 2.2 já está pronto.
O avançado sistema de arquivos OpenZFS está se aproximando de seu próximo lançamento, a versão 2.2, com o candidato a lançamento 3 (por volta dessa época do ano passado, o OpenZFS 2.1 chegou ao rc8, então pode demorar um pouco ainda). A versão 2.2 melhorará o suporte para contêineres Linux, com suporte para sistemas de arquivos de sobreposição (às vezes também chamados de sistemas de arquivos de união), suporte para montagens mapeadas de ID do Linux 6.3 (explicadas nesta palestra) e delegação de namespaces de conjunto de dados para contêineres.
A clonagem de blocos deve melhorar a eficiência da marcação de blocos idênticos como compartilhados por arquivos diferentes, ou mesmo partes do mesmo arquivo. O novo algoritmo BLAKE3 pode ser usado para gerar somas de verificação ZFS , que também é usado na nova ferramenta CdC Veilid P2P que abordamos recentemente, e o gerenciamento do cache de disco foi aprimorado.
Recursos para novos kernels
Tudo isso é bom e deve funcionar com kernels Linux da versão 3.10 de 2013 até 6.4 e do FreeBSD 12.2 de 2020 em diante. O ZFS permanece mais ou menos o estado da arte em design de sistema de arquivos de código aberto. Tanto a SUSE quanto a Oracle continuam entusiasmadas com o Btrfs, mas a Red Hat não. Enquanto isso, os novos bcachefs ainda podem não chegar ao kernel 6.5.
O grande problema com o ZFS, porém, é que ele não faz parte do kernel do Linux e não fará tão cedo. É fácil adicioná-lo. Existe a versão userspace, ZFS-FUSE, e o Ubuntu, por exemplo, inclui os módulos para suporte ao kernel como padrão. A Canonical parece estar se afastando da integração do suporte ZFS, no entanto. O módulo ZSys do Ubuntu para integrar a manipulação do ZFS no sistema operacional teve pouca manutenção nos últimos dois anos. Assim, e alguns usuários agora recomendam evitá-lo.
Nem tudo está perdido. As equipes por trás de um punhado de distribuições Linux estão trabalhando ativamente no suporte completo e nativo do ZFS. Notavelmente, o NixOS tem suporte de primeira e a equipe do Void Linux está trabalhando nisso, embora ainda exija algum trabalho manual extra neste momento. O hipervisor Proxmox e o host do contêiner também o suportam. Como tudo no Arch Linux, com algumas etapas manuais, também é possível no Arch e seus derivados.
Um problema central é que o GRUB tem suporte apenas muito limitado para ZFS. A Sun lançou apenas o código ZFS suficiente sob GPL 2 para permitir que o GRUB inicialize o OpenSolaris, como o LWN descreveu em 2010.
OpenZFS 2.2 está quase chegando e o ZFSBootMenu 2.2 já está pronto
De forma útil, existe uma maneira totalmente separada e entre distribuições de manter o sistema de arquivos raiz de um sistema Linux no ZFS e inicializar a partir dele: ZFSBootMenu. Isso suporta várias distros, incluindo Alpine, Debian, Ubuntu, Fedora e openSUSE (embora atualmente apenas o Leap 15.4). Existem scripts adicionais disponíveis para ajudá-lo a instalar a distro de sua escolha em um pool ZFS, como para Ubuntu Server. Para funcionar com a maioria das distribuições, as instruções de instalação exigem que seu computador inicialize via UEFI. Porém, a instalação em MBR usando SYSLINUX para inicializar seja possível e esteja documentada para Void Linux.
A maneira como o ZFSBootMenu funciona é inteligente. Na verdade, é uma pequena distribuição Linux, que inicializa outras distribuições.
De sua própria descrição:
O ZFSBootMenu é um sistema Linux pequeno e independente que sabe como encontrar outros kernels do Linux e imagens initramfs nos sistemas de arquivos ZFS. Quando um kernel adequado e initramfs são identificados (por meio de um processo automático ou seleção direta do usuário), o ZFSBootMenu inicia esse kernel usando ocomando kexec.
Isso significa que, como no FreeBSD, o ZFSBootMenu pode ver dentro dos instantâneos do ZFS e apresentar um menu de diferentes ambientes inicializáveis. Por exemplo, você pode reverter para uma versão anterior do seu sistema operacional, se uma atualização ruim impediu que algo funcionasse.
Seria uma ótima notícia se a Canonical adotasse o ZFSBootMenu e avançasse com o suporte ao ZFS, pois as questões legais parecem superáveis – mas, enquanto isso, se você estiver disposto a fazer um pouco de trabalho manual bem documentado, graças a isso pequena ferramenta bacana, é possível instalar a maioria das distros no que a Sun chamou de “a última palavra em sistemas de arquivos”.
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