Como o Google analisa o seu Gmail para procurar por pornografia infantil

Tanta preocupação com a proteção das crianças às está deixando cada vez mais burras e imbecis. Não temos mais crianças espertas, inteligentes, determinadas, com foco e objetivo na vida devido às paranóias de abuso e exploração que plantam atualmente nos meios de comunicação, que acusam levianamente a Internet de ser o grande agente causador da pornografia, exploração sexual e prostituição infantil, quando na verdade foi ela quem denunciou o crime. A criminalização da Internet interessa diretamente às empresas de televisão que estão cada vez mais perdendo público para a Internet.

Na última semana, um homem foi preso nos EUA pela posse de pornografia infantil e quem denunciou o crime foi ninguém menos que o Google. A gigante avisou à polícia que o suspeito enviou imagens de crianças a um amigo via Gmail. Mas como a empresa fez isso? E mais importante: O método pode ser usado para espionagem também?

As imagens foram identificadas por sistemas automatizados da gigante, permitindo-lhe passar os detalhes para as autoridades através do Centro Nacional para Crianças Desaparecidas e Exploradas (NCMEC).

David Drummond, advogado-chefe do Google, detalhou o sistema de marcação automática da empresa no ano passado para o The Daily Telegraph. Drummond explicou que a gigante tem usado a tecnologia desde 2008, criando um banco de dados que notifica a empresa quando imagens conhecidas de pornografia infantil são encontradas em seu mecanismo de busca ou nas caixas de entrada dos 400 milhões de usuários do Gmail. Quando o Google identifica que essas imagens estão sendo compartilhadas, informa as autoridades.

Outras gigantes têm acesso a tecnologias semelhantes de marcação de fotos, incluindo a Microsoft, cujo software PhotoDNA também pode detectar imagens sinalizadas de abuso. O PhotoDNA pode calcular um hash matemático para uma imagem de abuso sexual infantil que lhe permite reconhecer fotos automaticamente, mesmo que elas tenham sido alteradas. A tecnologia agora é usada também pelo Twitter e Facebook.

Vídeos também se tornaram o foco de tais programas, com o Google tendo seu próprio software Video ID para a detecção de cenas de abuso sexual infantil.

Embora a tecnologia tenha ajudado a parar atividades de pessoas como o homem preso na última semana, os sistemas de detecção automática de imagem usados ​​pelo Google e outros têm algumas falhas: Por um lado, novas fotos não são pegas por softwares como o PhotoDNA, apenas imagens já registradas no banco de dados do usuário podem ser vistas. Eles também levantam algumas questões de privacidade.

Embora o Google afirme que não vai dar informações técnicas precisas sobre pesquisas ou casos específicos, a gigante deixado claro que os seus sistemas de detecção automática só foram concebidos para rastrear pornografia infantil. Em uma declaração à agência de notícias AFP, a empresa disse que “é importante lembrar que nós só usamos essa tecnologia para identificar imagens de abuso sexual infantil”.

Embora o Google admita que faz a varredura da caixa de mensagem de usuários do Gmail para fins de publicidade, apenas fotos marcadas desarmarão os sistemas de vigilância.

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