Puberdade precoce: saiba como identificar e tratar

É cada vez mais comum que os pais e as crianças precisem lidar com o problema.

 

Por Por Naiara Araújo, filha de Luiz Augusto e Dione | 18.10.2012

2790_puberdade_precoceA puberdade é um processo de amadurecimento, marcado por transformações físicas e biológicas no corpo das crianças, principalmente pelo desenvolvimento dos órgãos sexuais. É considerada precoce quando essas mudanças ocorrem antes dos 8 ou 9 anos nas meninas e antes dos 10, no caso dos meninos. Se já não é fácil perceber que seu “bebê’ cresceu quando isso acontece na época esperada, imagine quando sua ainda criança começa a virar adolescente. Essa fase de transição da infância para a adolescência pode ser difícil, tanto para os pais como para as crianças. “É uma fase muito complicada por causa dos sentimentos confusos que costumam acompanhar o surgimento desses sinais exteriores da maturidade sexual”, explica a psicóloga Solange Quintanilha, mãe de Fernando, Idelmar e Alessandra.

Nas meninas, é possível notar o crescimento das mamas e, nos meninos, o aumento dos testículos. Os pais devem acompanhar o desenvolvimento dos filhos e observar possíveis mudanças no comportamento e no humor desses adolescentes precoces, como medo, agitação, insegurança, isolamento e tristeza. As crianças que entram na puberdade mais cedo também podem ficar mais vulneráveis aos transtornos alimentares. A falta de maturidade pode causar desorientação e deixar as crianças irritadas por causa das transformações na aparência que não condizem com a maturidade psicológica.
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Meninos e meninas
Existem algumas diferenças de gênero que marcam a puberdade precoce. Os meninos percebem mudanças no órgão genital e muitos ficam assustados, porque se  sentem diferentes dos outros colegas.  Com as meninas, a revolução é mais intensa, pois, além de corporal, é hormonal. Além do aparecimento dos seios, que faz com que elas pareçam mais adultas, elas precisam lidar com o a chegada da menstruação. Todo esse processo pode gerar algumas limitações, por isso é essencial que a criança se sinta à vontade para tirar dúvidas.
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O apoio da família
Pode ser que você demore a perceber as mudanças, porque é comum a gente achar que os filhos são mais crianças do que realmente são, a boa e velha síndrome do “meu bebê”: por isso essas mudanças podem ser inconscientemente ignoradas. Quando o pai ou mãe percebem, pode ser um baque. O melhor é conversar com o pediatra do filho e verificar se é o caso de tomar alguma medida para atrasar o processo. Além do pediatra, em alguns casos, orientação psicológica pode ser necessária para apoiar o filho de forma correta, segundo a Dra. Maria Cristina Senna Duarte, mãe de André e Julia, especialista em Pediatria pela Sociedade Brasileira de Pediatria. A conversa nesse momento é essencial: a criança que está passando por esse processo precisa entender que é natural e todo mundo passa pela mesma situação, só que com ela aconteceu antes do tempo. É importante lidar com naturalidade com o filho, explicando que essas mudanças físicas são normais e essenciais para o processo de reprodução.
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Tratamento
A puberdade precoce pode ser amenizada com tratamento hormonal, que dever ser feito com o acompanhamento de um endocrinologista pediátrico.  Somente o profissional poderá dizer qual é o procedimento adequado, mas os principais tratamentos têm o objetivo de anular a menstruação, desacelerar o avanço da maturação óssea, retomar a velocidade normal do crescimento e normalizar possíveis problemas psicológicos e sociais.  No caso de não realizar o tratamento, a estatura final da criança pode ser prejudicada, além de alterações psicológicas decorrentes.
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Consultoria: Solange Quintanilha, mãe de Fernando, Idelmar e Alessandra, psicóloga da Clínica BeSlim, e Dra. Maria Cristina Senna Duarte, mãe de André e Julia, especialista em Pediatria pela Sociedade Brasileira de Pediatria – Mestre em Saúde da Mulher e da Criança Fiocruz-IFF.
Artigo original aqui

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