Conheça 4 formas de testar o Linux sem risco de danificar o Windows

Quer experimentar o Linux mas tem medo de estragar seu PC com Windows? Tecnologias como LiveCD e virtualização podem ajudá-lo na tarefa.

PC World/EUA
20-09-2010
Katherine Noyes

Que o Linux para desktops oferece um sedutor leque de vantagens para os usuários corporativos já não é novidade para ninguém. Tudo que resta à maioria dos usuários do Windows é dar uma chance a esta alternativa.

Tal passo, contudo, pode causar alguma ansiedade. Embora não seja um bicho de sete cabeças, a instalação do Linux pode significar uma tarefa muito grande para algumas pessoas; outros podem se aborrecer com o efeito que isso teria sobre seus arquivos e programas atualmente em uso.

A boa notícia é que existem várias formas para realizar um test-drive no Linux sem instalá-lo de verdade. Tudo que estiver gravado no seu computador permanecerá inalterado, e se você decidir que o Linux não serve para você, nenhum estrago terá sido feito.

Pronto para conhecer o Linux em seu desktop? Então escolha a abordagem que mais lhe agradar e vá em frente.

1 – LiveCD

Provavelmente o modo mais comum de experimentar o Linux seja o LiveCD. Esses CDs permitem que você rode o Linux diretamente a partir do CD – assim, nada será alterado em seu computador. A maioria das grandes distribuições do Linux tem agora LiveCDs disponíveis – às vezes pelo correio, caso não se importe com a espera, e via download, em todos os casos.

Se você tem uma conexão lenta à Internet, poderá encomendar um LiveCD via correio normal. Um lugar onde se pode encontrar muitos LiveCDs de Linux para venda é o OSDisc.com, que atualmente oferece discos para Ubuntu 10.04.1, Fedora 13, OpenSUSE 11.3, Knoppix 6.2.1 e Linux Mint 9. O preço fica em cerca de 2 dólares (nos EUA).

Uma rota mais fácil, contudo, é baixar a imagem do CD, ou arquivo .iso, do site do projeto; queimá-lo em um CD você mesmo; e então usar este disco para carregar o sistema. Há uma lista de diversos locais na web para baixar o LiveCD disponível no FrozenTech; lá você também vai encontrar avaliações, requisitos técnicos e links para o download.

Uma vez que você obtenha o arquivo .iso, simplesmente queime o CD usando um programa de gravação de CDs. Se não tiver um, o Active ISO 2.0 é uma boa opção gratuita, e também há o PowerISO 4.5, que custa 29,95 dólares. Finalmente, insira o LiveCD resultante em seu computador e dê Restart. Quando o micro voltar a ligar, ele deverá carregar o Linux.

Tenha em mente que a maioria dos LiveCDs do Linux faz o sistema ser mais lento do que ele realmente é, já que o CD deverá ser acessado para ele funcionar. As versões de Linux instaladas no disco rígido são muito mais rápidas. Em qualquer caso, depois que tiver explorado suficientemente o Linux, basta que você o retire do CD e dê Restart no micro. Seu Windows voltará a funcionar como de costume.

2 – Live USB

Muito parecido com o LiveCD, um Live USB é uma memória flash USB (ou pen drive, como é mais conhecida) que contém uma cópia completa e usável do Linux.

O LinuxCD.org oferece algumas distribuições para venda em USB, bem como em CD. Como alternativa, com o LiveCD você pode baixar o arquivo .iso e colocá-lo em um drive USB você mesmo, carregando o sistema tal como descrito na opção anterior.

A grande vantagem de carregar o sistema a partir de um Live USB é que o Linux pode funcionar quase tão rapidamente como se estivesse totalmente instalado no PC.

3 – Wubi

Outro modo de testar o Linux é rodá-lo como se fosse outra aplicação Windows qualquer. Um jeito de fazer isso é com o Wubi, que é basicamente uma versão especial do Ubuntu que deixa o Windows inteiramente intacto.

Para usar o Wubi, você precisa de cerca de 5 gigabytes em seu disco rígido. Simplesmente clique no link de download no site do projeto para obter o instalador. Com dois cliques no arquivo baixado, o software irá baixar e instalar o resto do Ubuntu sem tocar no Windows.

O Wubi não exige qualquer modificação nas partições do PC, nem usa um diferente bootloader; ele também não instala qualquer drive especial. Em vez disso, ele funciona como qualquer outra aplicação e mantém a maioria dos arquivos do Linux em uma única pasta. Se decidir que não o quer mais, poderá simplesmente desinstalá-lo, com qualquer outra aplicação.

Vale lembrar que, se você já tiver um Ubuntu LiveCD, o Wubi já deverá estar incluído neste CD se for uma versão relativamente recente.

4 – Virtualização

Embora mais pesada do que quaisquer das opções acima, a virtualização pode ser outro belo modo de testar o Linux – de novo, executando-o como se fosse uma aplicação Windows.

Para explorar esta opção, você vai precisar de um software de virtualização de desktop; o VMware é provavelmente a versão comercial mais utilizada, ao passo que um bom pacote freeware é o VirtualBox.

Para começar, você primeiro baixa o software de virtualização – o VirtualBox, por exemplo, vem em versões para múltiplas plataformas – e então a instala como qualquer outra aplicação Windows. De lá, você poderá usar o software para instalar o Linux como um sistema operacional “convidado” usando o assistente do VirtualBox com um arquivo de imagem .iso.

O resultado, mais uma vez, é que você poderá rodar o Linux sobre o Windows sem afetar sua instalação Windows atual.

Claro que outra opção relativamente onerosa é instalar o Linux em um velho computador que você possa ter sobrando em casa. Uma das maiores virtudes deste sistema operacional é que – ao contrário do Windows – ele não precisa de hardware grandioso nem de última geração. Assim, você poderá mexer à vontade com máquinas velhas, para sua completa diversão.

Seja qual for sua escolha, meu palpite é que você ficará tão impressionado com o Linux que irá querer instalá-lo de fato. Agora, mais do que nunca, o Linux é uma boa escolha para uso empresarial.

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