Ele foi um dos grandes pilotos dos anos 1980, mas não quer saber de nostalgia. Defensor da tecnologia usada na Fórmula 1 atual, Alain Prost admite que os carros estão fáceis demais de pilotar, mas pede que a categoria olhe para o futuro, e não para o passado.
Atualmente embaixador da Renault e comentarista da TV francesa, Prost quer que a Fórmula 1 aposte na conquista de novos fãs. “Acho que a percepção que a categoria tem é errada. As pessoas gostam de barulho? Mas não existe mais! São pessoas nostálgicas em relação aos anos 80. É um público não renovado e é por isso que eles se entediam, porque são as mesmas pessoas de sempre. Temos de atrair pessoas, para que elas vejam as novas coisas que foram trazidas ao esporte.”
Prost se refere aos motores V6 turbo híbridos, que estrearam na temporada passada. “É uma tecnologia fantástica e não se fala muito disso, ou talvez ela não tenha sido explicada do jeito certo. Temos de deixar as coisas mais claras e mostrar por que chegamos até aqui”, defende.
“Os motores ganharam espaço, mas era isso que todos queriam, os fabricantes”, lembra. “A prova disso é que, se não houvessem essas regras, acho que a Renault teria parado. A Mercedes não teria se envolvido tanto e nem a Honda, com certeza.”
O tetracampeão, contudo, acredita que um ponto que pode ser melhorado é a dificuldade em se pilotar os carros. “Eu tiraria muito da pressão aerodinâmica e faria com que os carros fossem mais difíceis de pilotar. E certamente um pouco mais de potência não seria ruim. Mas isso não é tudo. Já outras coisas: você tem de trazer de volta a credibilidade à Fórmula 1 para atrair gente mais jovem.”
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