Berkely

GEORGE BERKELEY (1685-1753) Berkeley nasceu e foi educado na Irlanda. Homem profundamente religioso, foi ordenado diácono da Igreja Anglicana aos vinte e quatro anos de idade. Pouco depois, publicou duas obras filosóficas que iriam ter influência sobre a psicologia: An Essay Towards a New Theory of Vision (Ensaio para uma Nova Teoria da Visão) (1709) e A Treatise Concerning the Principles of Human Knowledge ( Tratado acerca dos Princípios do Conhecimento Humano) (1710). Com esses dois livros, terminou a sua contribuição à psicologia.

Berkeley concordava com Locke que todo conhecimento do mundo exterior vem da experiência, mas discordava da distinção lockeana entre qualidades primárias e secundárias. Ele dizia que não há qualidades primárias, mas somente o que Locke denominava qualidades secundárias. Para Berkeley, todo o conhecimento era uma função da pessoa que percebe ou passa pela experiência. Anos depois, sua posição foi denominada mentalismo, para denotar a ênfase em fenômenos puramente mentais.

Ele afirmava que a percepção é a única realidade de que podemos estar certos. Não nos é dado conhecer com certeza a natureza dos objetos físicos do mundo vivencial. Tudo o que sabemos é como percebemos esses objetos. Como está dentro de nós, sendo portanto subjetiva, a percepção não reflete o mundo externo. Um objeto físico nada mais é que um acúmulo de sensações experimentadas conjuntamente, de modo que a força do hábito as associa entre si na mente. O mundo experimentado – o mundo que deriva da nossa experiência ou se baseia nela – é, ao ver de Berkeley, a soma das nossas sensações.

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