A civilização grega

A cultura grega é a mais valiosa herança da antigüidade para a cultura e a para a civilização ocidental.

Na Grécia se tem o berço da Filosofia, esta nascendo da necessidade e da busca de explicações racionais para a realidade, superando o estágio das explicações místicas. Vigorosa crença na razão humana.

Na Grécia antiga surgem as primeiras reflexões sistemáticas sobre a educação, assinalando o nascimento da Pedagogia. A educação era vista como atividade destinada à formação integral do homem.

Esparta e o Processo Educacional

Cidade marcada por instituições militaristas e autoritárias e dividida em classes sociais diversas:

a – Espartanos: eram os cidadãos legítimos de Esparta.

b – Periécos: compreendia os comerciantes e artesãos.

c – Ilotas eram os escravos e servos presos à terra.

A educação espartana era baseada na legislação legada por Licurgo e objetivava a formação de bons soldados e não fazia distinção de sexo, pois tanto o menino quanto a menina eram educados pelo Estado a partir dos sete anos de idade. O Espartano era soldado dos sete aos sessenta anos de idade.

Atenas e o Processo Educacional

Atenas era a cidade rival de Esparta e exerceu, durante vários séculos a liderança da civilização grega, do ponto de vista cultural, político e econômico.

A sociedade Ateniense era dividida em três classes principais:

a – Eupátridas: os verdadeiros atenienses, que tinham todos os direitos políticos, se fossem homens.

b – Metecos: eram os estrangeiros que, devido à xenofobia (é um termo grego e significa medo ou aversão à estranhos) e à valorização do Estado Ateniense, eram mal vistos e não tinham direitos políticos.

c – Escravos: constituíam-se na maioria da população. Viviam marginalizados e não tinham direito à nenhum tipo de participação social.

A educação em Atenas antiga não era controlada pelo Estado. Desenvolvia-se em escolas particulares. A educação de cidadão estava voltada para aspectos amplos da vida intelectual. Objetivo: “mente sã em um corpo são”, que foi copiado e adaptado ao latim pelos romanos, ficando: “Mens sana in corpore sanus”.

Os Sofistas

Os sofistas eram uma espécie de professores viajantes que cobravam pelos seus ensinamentos práticos e filosofia, esta, nem sempre correspondendo fielmente à lógica e a estrita interpretação do fato e do evento filosófico. Davam aulas de eloqüência, argumentação e habilidade no manejo das doutrinas divergentes, ou seja, eram capazes de conciliar opostos e harmonizar, através da farsa e da argumentação bem montada, idéias diametralmente opostas e completamente impossíveis de serem aceitas na prática, via razão. Ao bem da verdade, os sofistas no fundo não passavam de hábeis impostores.

Protágoras de Abdera foi um dos sofistas mais conceituados. Afirmou que “o homem é a medida de todas as coisas”. Sua doutrina gerou o subjetivismo relativista.

A educação dos sofistas dava ênfase ao valor humano; as virtudes não são privilégio da aristocracia; incentivo à formação de uma cultura geral.

Sócrates de Atenas

Fundamentou sua doutrina no “Conhece-te a ti mesmo” e utilizou como método educacional o diálogo crítico, dividido em duas partes:

a – Ironia: o interlocutor acabava reconhecendo sua ignorância;

b – Maiêutica: ajudava o interlocutor a conceber suas próprias idéias.

Devido à abrangência e a força de suas idéias e ainda, devido ao prestígio e influência que exercia sobre os jovens, Sócrates acabou acusado de desordem, desestabilização do poder e ainda, corrupção de jovens, jovens estes que eram a razão de sua existência e doutrina.

Platão de Atenas

Em A REPÚBLICA, Platão concebeu uma sociedade ideal, composta de três classes sociais:

a – Governantes: reis e filósofos;

b – Militares: os braços dos reis filósofos;

c – Povo: produtores dos bens materiais, sem direitos políticos.

Na educação estabeleceu etapas precisas para o processo de educação, inspirando-se nas instituições espartanas.

Aristóteles de Estagira

O princípio fundamental da educação para este filósofo era a natureza do aluno, a formação de hábitos virtuosos, a orientação racional.

Virtude é a prática do bem, conduzida pela consciência racional. Representa o equilíbrio entre o excesso e a ausência de atributos antagônicos.

Processo do conhecimento: percepção, memorização do percebido e aplicação dos conteúdos memorizados, relacionando-os entre si.

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