Polícia paraibana indicia agricultor por engravidar a enteada de 10 anos

Até onde chega a promiscuidade e a falta de educação básica e de qualidade. Esta notícia é antiga, publicada em 2005, mas é sempre atual, pois é um problema que resolver-se-á apenas com educação e melhores condições de vida do povo. Acordem políticos canhalhas e governantes corruptos. O povo brasileiro está abandonado e se destruindo na corrupção moral e de costumes, graças ao exemplo podre que vocês dão.

Publicado em 13.07.2005

“Lila vai ter uma menina. É de pai.” Essa frase é de uma garotinha de 3 anos, moradora da área rural de Belém, uma pequena cidade do Agreste paraibano, irmã de Maria Lílian, 10 anos, grávida de sete meses do padrasto. Confirmando as pesquisas sobre o assunto, que apontam pais, padrastos e parentes próximos como responsáveis por 70% dos abusos contra crianças e adolescentes, Maria Lílian foi seduzida pelo trabalhador rural Manoel, 29, marido da mãe dela há sete anos, em setembro do ano passado. Passou a manter relações sexuais com o padrasto em casa. Em dezembro, um mês após ter menstruado pela primeira vez, ficou grávida.

O caso só chegou ao conhecimento das autoridades paraibanas no fim de maio deste ano, quando Maria Lílian se dirigiu ao Hospital de Belém por não estar se sentindo bem. O médico de plantão determinou a realização de uma ultra-sonografia e confirmou que a menina estava grávida havia seis meses. O caso foi levado ao conhecimento do Ministério Público da Paraíba, que determinou a abertura de inquérito. “Fiquei chocado. Tenho uma filha de 10 anos e ela ainda brinca de boneca”, diz o promotor de Belém, João Anísio Chaves Neto.

A delegada Viviane Magalhães indiciou o trabalhador rural por estupro e pediu a prisão temporária do acusado. A mãe da menina, Jucileide, 32, também foi responsabilizada. “Apesar de não ter forçado a menina, o acusado cometeu crime de estupro. A mãe tinha conhecimento do que estava acontecendo e não fez nada para proteger a filha porque dependia financeiramente do companheiro”, ressalta a delegada.

No dia 1º de junho, o JC esteve em Belém-PB, para conhecer a história de Maria Lílian, 10 anos, grávida de seis meses do padrasto, de 29 anos. Ao chegar à cidade, a menina foi localizada na cadeia pública. Tinha ido visitar o acusado. “Quero casar com ele”, afirmou a garota.

JORNAL DO COMMERCIO – Quando você descobriu que estava grávida?

MARIA LÍLIANFoi quando eu estava com dois meses. Pensei que era anemia e fui ao médico com uma amiga que mora na rua (Centro da cidade). Fizeram um exame e fiquei sabendo.

JC – E você contou para a sua mãe?

LÍLIAN Não. Só contei para Manoel.

JC – E o que ele disse?

LÍLIAN Nada. Só que a gente ia ficar junto.

JC – Manoel forçou você a fazer sexo com ele?

LÍLIAN Não. Do mesmo jeito que ele quis, eu quis.

JC – Quando você começou a se relacionar com o seu padrasto?

LÍLIAN Não sei, faz tempo. Desde o ano passado.

JC – Você não achou errado manter essa relação com o marido da sua mãe e pai dos seus dois irmãos?

LÍLIAN Ele e a minha mãe não tinham mais nada. A gente só morava tudo junto.

JC – A polícia diz que a sua mãe sabia de tudo e permitia que você se relacionasse com seu padrasto porque não tinha para onde ir com os filhos. Isso é verdade?

LÍLIAN É não. Mãe não sabia de nada. A gente só ficava junto quando ela não estava. Ela vinha muito para a casa da minha avó porque tem problema de alergia e precisava ficar indo para a rua ver o médico.

JC – Você já teve namorado?

LÍLIAN Não.

JC – Onde você estava antes?

LÍLIAN No presídio. Fui levar bolacha e fumo para ele.

JC – Seu padrasto cometeu um crime. Ele engravidou você, uma menina de 10 anos. Por isso, ele está preso.

LÍLIAN – (Interrompendo) Eu quero casar com ele.

JC – Com o seu padrasto preso,como vocês vão se manter?

LÍLIAN Não sei. Por enquanto, a gente vai ficar na casa do meu avô.

JC – A sua professora disse que você é uma boa aluna e mostrou suas notas. Como você acha que vai ser sua vida daqui para frente, com uma filha?

LÍLIAN Vou deixar a menina com mãe e continuar na escola. Quero criá-la com todo o carinho.

Movimento do pólo gesseiro atrai centenas de garotas para Trindade

Publicado em 13.07.2005

Levada por um tio adolescente, Sebastiana, 10 anos, moradora do município de Trindade, no Sertão pernambucano, passou a freqüentar os postos de gasolina da cidade, em dezembro do ano passado. Mesmo tendo sido obrigada a raspar a cabeça recentemente por causa de uma infecção no couro cabeludo, Sebastiana fazia programas por R$ 10 com os caminhoneiros que cruzam o pólo gesseiro do interior de Pernambuco. Segundo o Conselho Tutelar do município, cerca de 300 caminhões trafegam pela cidade todos os dias, transportando o gesso das minas e fábricas existentes na região.

Depois que o caso de Sebastiana foi denunciado ao Conselho Tutelar, a família da menina foi avisada e a garota proibida de sair de casa à noite. Há duas semanas, ela não freqüenta mais o posto. O tio aliciador mudou de cidade. Na casa onde vive com o pai, a mãe e dois irmãos, a menina não tem nenhum brinquedo. A renda da família é de R$ 260 por mês, salário do irmão mais velho, que é gari.

“Não vou voltar mais ao posto, não. Eu queria trabalhar numa casa. Varrer, limpar, lavar trem (louça)”, revela Sebastiana enumerando seus planos. A menina sabe ler, mas abandonou a escola porque era vítima de chacota dos colegas. “Era um bando de meninos perturbadores que ficavam falando porque eu tinha ferida na cabeça e piolho”, recorda.

Sebastiana tem vergonha de contar o que fazia à noite nos postos de gasolina. “Eu entrava no caminhão, o homem tirava a minha roupa e fazia as coisas.” É como ela relata o ato a que era submetida em troca de R$ 5, pois a outra metade do pagamento ficava com o tio. O dinheiro servia apenas para pagar um lanche. No último dia 28, a comida do dia na casa da família era feijão com farinha.

O pai de Sebastiana, José Antônio, 63 anos, garante que vai denunciar o cunhado à polícia, se ele voltar a aliciar sua filha. “A gente vive numa situação muito difícil. Minha mulher é fraca da cabeça, o menino mais novo também e esse meu cunhado, que é de menor, se aproveitava para levar a menina para fazer essas coisas. Não vou deixar isso acontecer de novo, se ele aparecer vou denunciar.”

Relatório do Conselho Regional de Medicina acusa caminhoneiros

Publicado em 13.07.2005

Um relatório divulgado no último dia 9 de junho pelo Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) reacendeu a discussão sobre a exploração sexual de crianças e adolescentes nas das rodovias do Estado. Uma caravana de diretores da entidade, que percorreu 60 municípios com o objetivo de fiscalizar as condições de saúde da população, acabou se deparando com um quadro trágico: meninas e meninos vendendo o corpo nas margens das estradas. Na maioria dos casos, caminhoneiros pagam R$ 5 para fazer sexo com adolescentes, mas foram anotados casos extremos, como uma menina de 7 anos que praticava sexo oral por R$ 0,10, em Caruaru, no Agreste do Estado.

“Infelizmente, o que encontramos foi um quadro terrível em todo o interior do Estado, com relação à exploração de crianças e adolescentes. Isso é uma questão de saúde pública porque, além dos danos psicológicos, essas jovens estão sendo contaminadas com doenças sexualmente transmissíveis e ficando grávidas cada vez mais cedo”, ressalta o presidente do Cremepe, Ricardo Paiva.

Paiva defende um trabalho mais integrado para enfrentar a questão da exploração sexual em Pernambuco. De acordo com o presidente do Cremepe, mesmo nas cidades onde já está em funcionamento o Projeto Sentinela, os avanços são tímidos na repressão e prevenção do problema.

“Já começamos a nos articular com ONGs de defesa dos direitos das crianças e das mulheres, com o poder público e com outros órgãos de classe para reunir forças e tratar o combate à exploração como prioridade. Acho que o foco principal tem de ser a prevenção. É preciso evitar que esses meninos e meninas sejam cooptados pelos aliciadores e passem a vender o corpo dessa maneira”, pontua Paiva.

A caravana do Cremepe encontrou os piores casos de exploração sexual de crianças e adolescentes ao redor das cidades-pólo do interior. Caruaru, no Agreste, e Palmares, na Mata Sul, são dois exemplos de onde a prostituição infantil é facilmente encontrada. “O pior é que existem muito poucas instituições oferecendo alguma alternativa para as adolescentes que estão sendo convidadas a entrar no esquema”, finaliza o presidente do Cremepe.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a elevada taxa de gravidez entre as jovens é apontada pelo Censo 2000. De acordo com esses dados, a única faixa etária em que não há redução da fecundidade é a de meninas entre 15 e 19 anos. Em 2000, para cada grupo de mil adolescentes, 90 tinham pelo menos um filho, 20% a mais que o registrado em 1980. Uma análise dos partos realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em 1999, demonstrou que 27% dos procedimentos tiveram como pacientes meninas de 10 a 19 anos, totalizando 756.553 adolescentes grávidas naquele ano.

CAMPANHA – Para o presidente da União Brasileira dos Caminhoneiros (Ubcam), José Emídio Natan Neto, a inclusão da categoria entre os principais aliciadores de crianças e adolescentes já foi verdade no passado, mas não corresponderia mais com a realidade atual. “Antigamente eu recebia aqui no sindicato dezenas de cartas de rapazes e moças pedindo que a gente localizasse os pais deles. Esses jovens eram filhos de relações de beira de estrada que nunca conheceram seus genitores. Isso hoje não acontece mais. Essa questão da prostituição infantil está restrita às áreas mais remotas do interior do País”, arrisca Natan.

O presidente da Ubcam assegura que a categoria está disposta a participar das campanhas de conscientização e combate à exploração sexual a que forem convidados. “Não queremos que essa imagem de agente do mal das estradas fique na cabeça das pessoas. Somos trabalhadores e não concordamos de jeito nenhum com isso”, frisa o sindicalista.

José Natan relata ainda que, em Minas Gerais, onde fica a sede da Ubcam, já foi iniciada uma campanha que prega a carona responsável. “Pegar viajantes na beira da pista é um costume antigo dos carreteiros em todo o País. Sabemos que não vamos extinguir isso, mas queremos que os companheiros tenham responsabilidade não só com a questão da prostituição infantil, mas também com relação aos assaltos”, finaliza Natan.

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Um comentário em “Polícia paraibana indicia agricultor por engravidar a enteada de 10 anos

  1. Халлоу пипл :) Такой вопрос назрел к вам… Есть желание реализовать на своём блоге голосовалку в боковой колоночке . Ну чтобы читатели кликали на один из вариантов ответов, и потом отображалась статискика голосования. Интересно, это можно как-то реализовать на ВордПрессе??? Признаюсь честно, во всяких там скриптах и кодах не силён, хотелось бы какой-нибудь плагин. В поисковике сумел найти только нерусифицированные, боюсь что не смогу разобраться.
    Друзья, что посоветуете????

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