Neurose Histérica

A neurose histérica é a mais complexa e difícil de se diagnosticar e tratar, acometendo cinco mulheres para cada homem e pode ser fruto da repressão sexual no estágio paterno do complexo de Édipo.

A designação histérica vem do grego, pois, hysteron traduz-se por útero e como esta patia foi percebida entre as mulheres gregas já naqueles tempos, deu-se esta denominação para o quadro de sintomas peculiares apresentados por um grande número de mulheres daquela época.

Os gregos acreditavam que as mulheres acometidas por esta doença possuíam um útero com longos tentáculos, iguais a um polvo, capazes de alcançar o cérebro e perturbarem a personalidade.

Na neurose histérica encontramos dois grupos com sintomas característicos: neurose histérica conversiva e neurose histérica dissociativa.

Neurose histérica conversiva
Apresenta em seu bojo sintomatológico a negação, repressão, deslocamento, identificação e simbolização e caracteriza-se pela necessidade do neurótico em chamar a atenção sobre si, de seduzir, de vislumbrar e de conquistar a piedade dos outros, usando para isso, doenças com utilização de órgãos alvo, usa de comportamentos frágeis e delicados para atrair os outros.

Neurose histérica dissociativa
Caracteriza-se por uma crise sintomática composta, basicamente, de dupla personalidade, sonambulismo, escrita automática ou psicografia, transe mediúnico e evidenciando-se a projeção da personalidade que lhe é frustrante, em outra que agrade o indivíduo, a qual utiliza em lugar daquela que lhe é fonte de angústia e de ansiedade.

Para melhor ilustrar esta patia, vamos utilizar um exemplo clássico: “Um indivíduo lutou grande parte de sua vida para conseguir graduar-se médico e não conseguiu. Sua personalidade própria não lhe agrada pois ela é de um perdedor, de uma pessoa que não conseguiu seu intento e, para aliviar esta ansiedade, ele assume a postura de personalidade de um médico, começa a projetar-se em uma personalidade dissociada na qual ele pode satisfazer o desejo de um dia ter se graduado médico, surgindo, com isso, o transe mediúnico, comumente chamado de incorporação do espírito de médicos do passado, como o polêmico doutor FRITZ.” A etiologia está vinculada ao Édipo e à imaturidade da personalidade.

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