Brasil e Chile se enfrentam, no próximo sábado, no estádio Mineirão, em Belo Horizonte, às 13h, pelas oitavas de final da Copa do Mundo. Um dos jogos mais lembrados entre as duas equipes aconteceu em 1989 e ficou conhecido como “a fogueteira do Maracanã”. O responsável por aquela partida foi o árbitro Juan Lostau, que falou à Rádio ESPN, sobre o episódio.

As duas seleções se encontraram pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 1990. O jogo, no Maracanã, ficou marcado por um foguete atirado em campo, que o goleiro do Chile, Roberto Rojas, fingiu ter sido atingido. Então, ele queria o cancelamento da partida por falta de segurança. Desta forma, colocou uma lâmina de barbear escondida na luva e, em determinado momento, cortaria o próprio rosto, fingindo que uma pedra o haveria atingido. O foguete serviu como coincidência.

Rosenery Mello, que foi apontada como a responsável por atirar o foguete, posou na Playboy

A repercussão do caso foi tão grande que Rosenery Mello, acusada de ter atirado o foguete, chegou a ser capa da revista masculina “Playboy”.

“A partida era normal, sem problemas, mas aconteceu a “fogueteira”. Lamentavelmente, a seleção do Chile se retirou do Maracanã, e depois a Fifa suspendeu o Rojas”, disse Lostau, que já imaginava que alguma confusão poderia acontecer, devido aos problemas no jogo de ida, disputado no Chile.

“Vocês se lembram que a partida que foi jogada no estádio nacional do Chile teve alguns episódios. Como durante a execução dos hinos, o Romário recebeu uma cusparada. E isso antes de começar a partida. Teve muitos problemas e polêmicas. Então, presumia que a revanche no Maracanã poderia ter problemas”, afirmou.

O ex-árbitro falou o que, segundo ele, foi fundamental para a suspensão de Rojas para o resto da vida. “O determinante foi que Roja foi citado pela comissão médica da Fifa para que ele viajasse para realizar exames. Um rojão causa queimaduras, e ele não tinha queimaduras. Praticamente, ele estava dizendo ‘não vou, porque os médicos vão determinar que o rojão não me queimou'”, explicou.

Ainda de acordo com Lostau, não existe a menor possibilidade de Brasil x Chile no próximo sábado ter risco de confusão semelhante. O motivo: a tecnologia.

“Não, aqueles eram outros tempos. Hoje tem a tecnologia a serviço do jogo, e a transparência do jogo pune muito aquele que quer mentir ou agredir. Não tem nada a temer o que aconteceu em 1989 com o que vai acontecer em 2014. Tem muitas possibilidades desse ser um grande jogo, sem nenhum tipo de trapacear ou de mentir”, disse.

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