Luciano Queiroz (foto), ex-procurador-geral do Estado de Roraima (RR), foi condenado na quinta (25) a 247 anos de prisão pela prática de pedofilia. A informação é da imprensa da região.
Queiroz está preso desde junho do ano passado, quando ele, dois empresários e um policial foram pegos pela Operação Arcanjo da Polícia Federal.
Na época, uma menina de 13 anos disse estar grávida do procurador.
Lidiane do Nascimento Foo, acusada de cafetina, confirmou a senadores da CPI da Pedofilia que, conforme as investigações já tinham apurado, ela levava meninas de 5 a 17 anos para Queiroz, incluindo a sua própria filha. “Ele [Queiroz] às vezes tinha relacionamento sexual com crianças várias vezes por dia.”
Condenado por estupro, atentado violento ao pudor e exploração de crianças, Queiroz ficará 30 anos atrás das grades porque a lei estabelece esse limite máximo de prisão.
Entre as provas colhidas pela PF, há uma gravação de vídeo mostrando Queiroz saindo de motel com duas meninas, uma de seis e outra de sete anos. A informação é da Folha Online.
Lidiane foi condenada a 331 anos de prisão por manter o esquema de aliciamento de crianças.
Outras seis pessoas também foram condenadas, entre elas os empresários José Queiroz da Silva e Valdivino Queiroz da Silva (ele são irmãos) e o major da Polícia Militar Raimundo Ferreira Gomes, que é cunhado de Lidiane.
Os condenados ainda podem recorrer da sentença.
Quando foi preso, Queiroz negou as acusações e disse que estava sendo vítima de armação montada por pessoas que tiveram interesses contrariados pela atuação dele como procurador.
O juiz Jarbas Lacerda de Miranda, da Justiça Estadual de Roraima, determinou que os pedófilos vão ter de indenizar as famílias das crianças abusadas em R$ 1,1 milhão.
“[A condenação] é uma resposta que o Poder Judiciário dá não só para Roraima, mas também para a sociedade brasileira”, disse.