A denúncia foi dentro do prazo, por isso ele foi processado e condenado. Será que a “moçoira” não foi conivente, não gozou até não querer mais, foi descoberta pelos pais e para se safar, não acusou o padre de descabaçá-la à força?
Será que a garota não o entregou para se vingar dele? Talvez ele tenha brochado, talvez ela já estava laceada demais ou com a “perseguida” muito feia e o padre não quis mais e ela o denunciou? Ou será que não foi gravidez?
Durante três anos ela transou com o padre e ficou em silêncio. Será que a mãe não percebeu as mudanças no corpo da filha? Não percebeu a calcinha manchada e cheirando a sêmen? Meninas de nove anos não costumam lavar suas calcinhas espontaneamente. Não se apercebem do risco de serem descobertas e por isso sequer pensam em ocultar provas, ou seja a sujeira do padre na calcinha.
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Enquanto o Vaticano debate o envolvimento de sacerdotes em escândalos de abuso sexual, a Justiça do Amazonas condenou um padre suíço naturalizado italiano a nove anos de prisão, em regime fechado, por crime de pedofilia.
A sentença contra Piergiorgio Albertini, 72, é de 26 de fevereiro passado –20 anos após a sequência de abusos sexuais contra uma menina que tem hoje 29 anos. Ele nega.
Segundo as investigações, a menina foi vítima de “conjunção carnal” e “ato libidinoso” dos 9 aos 12 anos.
Ela estudava na instituição para crianças carentes Lar Cristo-Rei, coordenada por Albertini, que é pároco na prelazia de Borba (a 150 km de Manaus) desde 1990.
Autor da sentença, o juiz da Comarca de Borba, Eliezer Fernandes Júnior, decidiu que ele poderá recorrer em liberdade. O passaporte está apreendido desde 2010, e ele é alvo de outro processo sob a acusação de abuso sexual.
A Justiça demorou nove dias para encontrá-lo, anteontem, para notificar a sentença.
Suíço, Piergiorgio Albertini chegou ao Brasil em 1979, em São Paulo.
Os casos de pedofilia foram denunciados no fim dos anos 1990 por famílias de três meninas ao Conselho Tutelar.
Em 2002, as garotas depuseram à Polícia Federal, em Manaus. No depoimento, ao qual a Folha teve acesso, uma delas contou que o padre acariciava suas partes íntimas. “Quando tudo acabava, ele me dava alguma coisa para eu ficar calada”.
No inquérito da PF, a menina disse que Albertini teria oferecido uma moto para ela negar o depoimento. Ela foi submetida ao exame de corpo de delito, que atestou a conjunção carnal.
Em 2004, o inquérito da PF foi enviado à Justiça do Amazonas, que abriu ação penal contra o pároco. O julgamento ocorreu nove anos após a abertura do processo.
Em depoimento à PF, em 2002, o padre afirmou ser vítima de calúnia. “Jamais levei uma menor para dormir na minha casa”, disse. “Ele afirma que não cometeu esses crimes. Vamos provar isso”, disse seu advogado, Alysson Karrer.
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