Polícia confirma estupro de menina morta na Rocinha e analisa câmeras de UPP

A Divisão de Homicídios da Polícia Civil do Rio de Janeiro confirmou nesta segunda-feira (30) que Rebeca Miranda Carvalho dos Santos, 9, foi estuprada antes de ser assassinada por esganadura na favela da Rocinha, na zona sul da cidade, na noite de sábado (28).

O funeral de Rebeca foi realizado no cemitério São João Batista, em Botafogo, no Rio, na manhã desta segunda-feira (30)O funeral de Rebeca foi realizado no cemitério São João Batista, em Botafogo, no Rio, na manhã desta segunda-feira (30)

Segundo o chefe de operações da delegacia, Rafael Rangel, o abuso sexual foi constatado em laudo do IML (Instituto Médico-Legal). O policial também afirmou que a UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) da Rocinha encaminhou ao ICCE (Instituto de Criminalística Carlos Éboli) cópia do conteúdo das câmeras de segurança da favela.

As imagens podem mostrar uma eventual movimentação suspeita no dia do crime, de acordo com o chefe de operações. “A UPP reservou essas imagens e elas já estão sendo analisadas. Não existe um prazo para que isso ocorra. Temos 30 dias para concluir o inquérito”, disse.

O corpo da vítima foi encontrado na manhã de domingo (29) em uma localidade conhecida como Cachopa, onde há um posto da UPP. Uma perícia foi realizada no local, e sete testemunhas foram ouvidas até o início da tarde desta segunda.

Rebeca estava em uma festa infantil na comunidade e sumiu em circunstâncias ainda não esclarecidas pela DH. A mãe da criança, Maria Miranda de Mesquita, foi ouvida no dia do registro do boletim de ocorrência, mas não conseguiu dar informações concretas em razão do choque emocional. Ela deve prestar novo depoimento durante a semana.

Os investigadores também trabalham para identificar novas testemunhas. No domingo, um menino –cuja idade não foi informada– afirmou à polícia ter visto um homem vestido com um casaco na companhia de Rebeca pouco antes do desaparecimento. O depoente seria morador da Rocinha e também estava na festa.

“Não podemos entrar em detalhes. Os depoimentos de menores são sempre vistos com reserva. Esse menino foi ouvido por dois psicólogos”, disse Rangel.

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