Nos casos de Síndrome Febril, a investigação etiológica irá determinar as hipóteses diagnósticas e a conduta clínica específica bem como a necessidade de investigação epidemiológica nos casos de patologias de interesse em Saúde Pública (notificação compulsória).
Várias doenças infecciosas transmissíveis possuem como característica importante a sazonalidade.
Nos períodos de elevação no número de casos de determinada patologia febril, é comum que esta seja considerada como primeira hipótese diagnóstica na maioria dos atendimentos. No entanto, o raciocínio clínico, a história epidemiológica e a experiência profissional dos técnicos envolvidos no atendimento ao paciente farão com que outras hipóteses sejam levantadas, aumentando a lista de outras patologias que formam o diagnóstico diferencial.
A formulação de uma lista de hipóteses, classificadas da maior para menor probabilidade, baseada em evidências clínico-laboratoriais e epidemiológicas, pode ser determinante para a conduta clínica correta e bloqueio de transmissão nos casos pertinentes, onde a notificação é o instrumento de ligação entre a equipe da assistência e a epidemiologia e controle.
Dengue e procedimentos cirúrgicos
Neste momento epidêmico, atenção especial deve ser dada na indicação de procedimentos cirúrgicos naqueles pacientes em que a Dengue possa fazer parte do diagnóstico diferencial.
Os sinais de alarme na Dengue como dor abdominal intensa, vômito persistente, hipotensão e choque, em paciente com relato de febre, apresentando espessamento de parede da vesícula e presença de derrame cavitário (pleura, pericárdio, abdome e pelve) pode lembrar várias patologias com indicação cirúrgica. Porém, em sendo dengue, a fragilidade capilar e a plaquetopenia pode conduzir o paciente para uma evolução desfavorável, o que não aconteceria caso ela não estivesse presente.
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