Experimento norte-americano testa como reverter envelhecimento

 

Realmente é possível prolongar a vida mexendo no material genético, mas a pergunta a ser respondida é a seguinte: qual a utilidade e o custo disso? Modificações na estrutura do material genético podem levar a mutações imprevisíveis e ainda, do que adianta prolongar a vida das pessoas aumentando-se o tempo de sofrimento, quando a manipulação genética tiver por objetivo retardar a morte por doenças graves? São questões éticas difíceis e que necessitam de um estudo profundo e despido de paixões.

DNANem toda descoberta científica é benéfica à espécie humana e muitas delas, tidas como revolucionárias, não trazem benefício prático algum, como por exemplo o projeto genoma humano, a revolução que não deu em nada, até agora (leia matéria aqui)

Uma técnica para manter saudável a estrutura dos cromossos pode reverter o envelhecimento dos tecidos.

Mariela Jaskelioff e colegas do Instituto de Câncer Dana Farber Cancer, em Massachusetts (EUA), conduziram um experimento com camundongos programados com telômeros curtos e telomerase inativa para ver as consequências dessa combinação.

O resultado é que os animais tiveram um período de vida curto, órgãos atrofiados e cérebros menores que aqueles que não haviam sido programados.

Os telômeros, que ficam nas extremidades dos cromossomos, diminuem a cada divisão celular, mas as células param de se dividir e morrem quando eles ficam abaixo de um certo comprimento.

Cabe à enzima telomerase retardar essa degradação adicionando um novo DNA na ponta dos telômeros.

Quatro semanas depois de os cientistas tornarem a telomerase dos camundongos ativa, eles detectaram que o tecido se regenerou em diversos órgãos, nova células cerebrais se desenvolveram e a vida dos camundongos foi prolongada.

A pesquisa, em fase experimental com animais, é mais uma evidência das relações entre o comprimento dos cromossos e as doenças relacionadas à idade, que pode levar à aplicação em seres humanos no futuro.

Da “New Scientist

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