O que você faria pelo seu país?

“Não pergunte o que seu país pode fazer por você. Pergunte o que você pode fazer por seu país.” (John F. Kennedy)

Pois é, a pergunta é sempre pertinente. Mas com ela, surge outra, que certamente qualquer brasileiro, acuado pelas circunstâncias, faria quando igualmente acuado pela pergunta titulo desta Carta: “o que posso eu fazer, se nem meu voto consciente vale diante das massas de manobra”? E, pior, não deixa de ter razão.

Até que se conheça uma alternativa que quebre o paradigma da política vigente, do jeito que a conhecemos – e a rejeitamos – não tem muita saída mesmo. É só ver o que temos em termos eleitorais para mais esta eleição presidencial, à exceção de raros candidatos com bons discursos, infelizmente sem perspectivas de chance diante da máquina trituradora do bom senso, que criou um falso debate entre “nós e eles”, já que na minha modesta opinião, é só um jogo de cena, fruto de um acordo costurado entre os principais líderes políticos da atualidade desde os tempos de comícios sobre kombis nos pátios das montadoras do ABC paulista. Basta observar um pouco mais o conjunto dos fatos ao longo dos últimos 30 anos e poderemos ter algumas conclusões interessantes. Foi o erro de se fazer abertura política antes da econômica.

Independente disso, verdade ou não, o fato é que continuamos reféns, depois de inúmeras decepções ao longo de 30 anos com quase todos os candidatos em todos os níveis eletivos, das câmaras de vereadores à Presidência da República. Reféns destas pessoas que elegemos com o “democrático voto obrigatório”, uma forma de legitimar pessoas em cargos, cujas obrigações são para com os financiadores de campanhas e grupos de interesse, e, principalmente, reféns de um modelo de organização do País que permite que estes fatos se repitam ad aeternun e ad nauseam.

Diante desse modelo, com todos os setores estatais interdependentes por legislação e entrelaçamento dos Três Poderes – Executivo, Judiciário e Legislativo – que se retro-alimenta a cada nova lei ou emenda constitucional (já estamos na 62º desde 1988!) – temos que sobreviver sob o mastodôntico peso do Estado Brasileiro.  Este peso está representado por altíssimos tributos penalizando a cadeia produtiva, o consumo e empobrecendo a Nação, baixa qualidade na Saúde, Educação, Infra-estrutura e Segurança e baixa qualidade na Justiça, com todas as conseqüências encadeadas, denegrindo a vida, o respeito e a dignidade humana em todos os sentidos. É um modelo que retira as liberdades passo a passo, que elimina a criatividade produtiva, que esgarça o tecido social pela libertinagem moral que tomou conta da Sociedade, com pleno apoio governamental. Apesar da propaganda de crescimento, que por certo existe em setores específicos e satélites destes – a economia é dinâmica, graças à ainda indomável ação humana – o Brasil vive situações absolutamente paradoxais que não poderiam suscitar a concessão de títulos de fama internacional a nenhum governante brasileiro… ao que parece, a mediocridade é algo sem fronteiras. Mas infelizmente, o jogo é outro, muito ruim para o Brasil como Nação, e muito bom para a rapinagem de oportunistas de toda sorte (ou azar), e não vale a pena abrir esta “janela temática”, neste artigo.

Para selar esse quadro, o modelo político, partidário e eleitoral, uma vergonha total, que se fantasia de democracia. Não há partido que pratique a democracia sequer em nível interno, como poderia defendê-la fora de seus feudos? Com voto cumulativo que privilegia alguns filiados mais do que outros, caciquismo dominante e falta de convicção programática, o que se prova com as sempre nefandas coligações antes das eleições, não se pode contar com cidadãos de boa cepa que queiram participar do processo político.

Se Tiradentes estivesse vivo e visse tudo isso, ele mesmo se enforcaria! O cidadão brasileiro está enforcado, asfixiado pelo peso do Estado, pelas iniqüidades que dele vêm sem nada poder fazer exceto gritar pela internet ou em grupos de protesto, abaixo assinados, etc.
”Os problemas do mundo não podem ser resolvidos por céticos ou cínicos cujos horizontes são limitados por realidades óbvias. Precisamos de homens e mulheres que consigam sonhar com coisas que nunca existiram.” (John F. Kennedy)

Pois pego outra frase de John Kennedy, para demonstrar que o quadro que resumi é um paradigma que pode ser quebrado. Mas não será por céticos, nem cínicos. Mas por mulheres e homens, e muito especialmente por aqueles que querem mudar o mundo desde cedo, os jovens. São estas pessoas que poderão mudar as coisas, mas, precisam de meios para tanto. Aqui entra o Federalismo.

Não adiantam projetos de ficha limpa ou suja, por melhor boa vontade que exista, até porque isso dará mais poder a quem está no governo, quem está na máquina. Ao invés disso, se deveria propor então, rito sumaríssimo, com muita agilidade em julgamentos em grau especial, de pessoas eleitas e acusadas por atos duvidosos. Esse sim, seria um “foro privilegiado”, especial, esgotando-se rapidamente as etapas do contraditório, direito constitucional de qualquer um, para se evitar situações produzidas por desafetos e inimigos. Esta energia toda, de revolta e indignação, pode ser dirigida para a formação de uma nova frente político-partidária que proponha um novo Projeto de Nação e que tenha toda a proteção estatutária para que o veículo partidário não se subverta, não seja igual aos demais. Sem atacar a causa, que é modelo de Estado – não se resolverão os graves problemas nacionais, regionais e locais, principalmente os individuais da maioria da população brasileira. Não basta cortar alguns galhos da erva daninha, é preciso extirpá-la do “Jardim Brasil”!

O Partido Federalista é este veículo. Tem o Projeto, está formado, falta apenas ser registrado, o que pode ser conseguido com a ação de cada brasileiro que resolva simplesmente agir. E é tão simples: assinar o apoio ao registro e conseguir mais apoios. Se você ainda não conhece direito as idéias federalistas que propomos, nem o inovador Estatuto, por favor, leia-os. E venha fazer parte deste inovador partido e fazer a nova Historia do Brasil. Podemos ficar simplesmente observando e votando sem nem nos lembrar depois em quem votamos, e seguir a “vidinha” com a “ajuda de Deus” (“que só ajuda a quem cedo madruga”), ou começar a mudar tudo, a partir de simples ações tão reclamadas por todos: ser cidadão de verdade. Aqui você pode!

Saudações Federalistas

Thomas Korontai

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