F*D*P*, ordinário, salafrário, bandido, etc, etc e etc. Aqui não é o EUA, onde abusar de crianças é uma prática comum. Temos valores morais e também temos leis que criminalizam o abuso e a pornografia infantil. Essa história de ser normal o sexo com crianças e adolescentes no Brasil é conversa de criminoso. Cadeia para esse perverso, mas cadeia aqui no Brasil e não nas modernas e luxuosas prisões norte-americanas.
colaboração para a Folha Online
O ex-diplomata Gons Nachman, 42, considerado culpado nos EUA por gravar suas relações sexuais com adolescentes no Brasil e no Congo, pediu clemência ao juiz, afirmando que diferenças culturais fazem o sexo com meninas mais aceitável nesses países.
Nachman foi acusado em abril por possuir vídeos de pornografia infantil e admitir ter feito sexo com meninas de 14 e 17 anos enquanto trabalhava em consulados no Brasil e no Congo. O juiz aceitou prorrogar a decisão da sentença do ex-diplomata até o dia 22 de agosto para que ele passe por exames psicológicos.
O advogado de defesa Stephen Stine afirmou em documentos que os exames psicológicos podem indicar que Nachman foi levado a acreditar que as relações sexuais com menores de idade eram normais em razão de diferenças culturais.
Promotores públicos recusam a alegação e afirmam que as vítimas não merecem menos proteção porque não foram criadas nos EUA.
“As crianças na República Democrática do Congo e do Brasil possuem o mesmo valor do que as crianças dos EUA”, afirmou o promotor Ron Walutes em documentos oficiais preparados para o julgamento.
A acusação pede que Nachman seja condenado a 20 anos de prisão, o tempo máximo de detenção a que ele pode ser submetido.
Carta
Em uma carta que o ex-diplomata escreveu da prisão para o diretor de Serviços Exteriores dos EUA, ele explica as diferenças culturais que observou nos países.
“No Congo, as mulheres se desenvolvem rapidamente, fisicamente e emocionalmente, dado a responsabilidade que a sociedade exige delas desde a infância”, afirmou. “Em Kinshasa, a maioria das adolescentes são sexualmente ativas com homens substancialmente mais velhos”, acrescentou.
No entanto, há alegações de que o ex-cônsul tenha pressionado jovens brasileiras a terem relações sexuais com ele em troca de um visto para os EUA. Nachman admitiu ter feito sexo com duas mulheres que conheceu no processo de retirada de visto, mas negou tê-las pressionado ou chantageado.
O ex-cônsul pediu para que o juiz que determinará sua sentença conduza o seu casamento com a noiva brasileira de 21 anos antes que receba a condenação. O juiz Gerald Bruce Lee rejeitou a proposta.
Nudismo
Nachman afirma que se tornou alvo de investigações por sua afinidade com o nudismo. Nos anos 90, quando fazia aulas de Direito na Universidade da Pensilvânia, o ex-diplomata participou de várias demonstrações públicas em defesa do estilo de vida naturalista.
Porém, após a divulgação de sua condenação por ter feito sexo com crianças, os nudistas se distanciaram de Nachman. Em um editorial da “N Magazine”, uma publicação da Sociedade Naturista norte-americana, um editorial critica duramente a conduta do ex-cônsul.
“A gravidade do que ele fez é clara. Embora suas ações criminais não estejam de forma alguma ligadas ao naturismo, para muitos leitores de questões internacionais, ele (o naturismo) será culpado por associação”, afirma o editorial.
Com Associated Press
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