I
Ouviram do Ipiranga às margens plácidas
De um Povo heróico o brado retumbante,
E o sol da liberdade em raios fúlgidos,
Brilhou no céu da Pátria nesse instante.
Se o penhor dessa igualdade
Conseguimos conquistar com braço forte,
Em teu seio, ó liberdade,
Desafia o nosso peito a própria morte!
Ó Pátria amada
Idolatrada
Salve! Salve!
Brasil um sonho intenso um raio vívido,
De amor e de esperança à terra desce.
Se em teu formoso céu risonho e límpido
A imagem do Cruzeiro resplandece.
Gigante pela própria natureza
És belo, és forte, impávido colosso,
E o teu futuro espelha essa grandeza.
Terra adorada!
Entre outras mil
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos desse solo és mãe gentil
Pátria amada Brasil!
II
Deitado eternamente em berço esplêndido,
Ao som do mar e a luz do céu profundo,
Fulguras, Ó Brasil florão da América,
Iluminado ao sol do Novo Mundo!
Do que a terra mais garrida,
Teus risonhos lindo campos têm mais flores,
“Nossos bosques têm mais vida”
“Nossa vida no teu seio mais amores”
Ó Pátria amada
Idolatrada
Salve! Salve!
Brasil, de amor eterno seja símbolo
O lábaro que ostentas estrelado,
E diga ao verde-louro dessa flâmula
Paz no futuro e glória no passado.
Mas se ergues da justiça a clava forte,
Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem adora, a própria morte
Terra adorada,
Entre outras mil
És tu Brasil, ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe
Gentil, Pátria amada, Brasil.
Ouça o Hino aqui
Breve histórico
Música de Francisco Manuel do Nascimento (1795-1865)
Letra de Osório Duque Estrada (1870-1927)
Composto em 1831, por ocasião da abdicação de D.Pedro I.
Foi revisado em 1922 por Alberto Nepomuceno, Frederico Nascimento e
Francisco Braga. Por essa ocasião fica aprovada a letra atual.
Nova oficialização em decreto-lei de 1942.
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