Células pequenas indiferenciadas

O próximo grupo de casos ilustra o alcance das lesões que podem apresentar-se como pequenas células no esfregaço cervical. Estas podem ser encontradas como células isoladas, quando isto é freqüentemente possível para identificar as características nucleares e citoplasmáticas que indicam a natureza das lesões, mas em muitos casos estas células foram achadas em placas densas ou grupos, os quais fazem a avaliação da morfologia celular individual muito difícil. Sob estas circunstâncias é somente possível dar uma avaliação do diagnóstico diferencial.

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Discrepâncias da correlação cito-histológica

Os casos apresentados nesta seção ilustram algumas das circunstâncias, nas quais isto pode ocorrer. Subestimação do grau de anormalidade no esfregaço cervical ocorre quando os esfregaços são feitos abaixo do ideal e quando estão presentes relativamente poucas células anormais. Meticuloso reexame nestes casos normalmente identifica umas poucas células as quais teriam causado suspeita de anormalidades. Este é o tipo do caso que é perdido, quando citologistas estão sob pressão para examinar um número excessivo de lâminas e demonstra a necessidade de uma equipe adequada no laboratório de citologia (publicação do Grupo de trabalho do Colegiado de Citologia Cervical, 1987). Em outros casos, a aparência pode ser mal-interpretada e isto normalmente resulta em infecção ou degeneração. Há também casos quando o prognóstico citológico da anormalidade não é confirmado por biópsia cervical (Byrne et al., 1988). Com o aumento da incidência de infecção por HPV, esfoliação pode ser prevenida por hiperqueratose e paraqueratose e a presença de células queratinizadas no esfregaço é um marco para indicar a necessidade de um seguimento cuidadoso. Os casos 2 a 7 foram tirados de um estudo no qual 902 mulheres foram examinadas colposcopicamente, assim como retirado esfregaço cervical. Vinte e nove mulheres apresentaram anormalidades colposcópicas enquanto seus esfregaços cervicais eram negativos, ou foram descritos como tendo somente alterações infamatórias borderline. Revisão dos materiais citológico e histológico foi possível em 11 casos, proporcionando 22 esfregaços cervicais e 14 espécimes de biópsia. Uma estimativa foi feita para identificar marcadores no esfregaço cervical, os quais poderiam alertar os citologistas para a necessidade de um seguimento adicionaI. Em paralelo, uma série controle de 22 esfregaços sabidamente negativos foram estudados aplicando o mesmo critério. A maioria das características descobertas foram as seguintes: Continue lendo

Casos problema

Nos capítulos anteriores, foi feita uma tentativa para ilustrar o alcance dos aspectos citológicos encontrados nos tipos celulares específicos e também com diferentes lesões patológicas. Este capítulo apresenta casos de maior extensão para ilustrar várias áreas problemáticas na citologia ginecológica. Estas incluem a necessidade de reconhecer os múltiplos tipos de células anormais na lesão combinada, a falha aparente da correlação cito-histológica e o diagnóstico diferencial nas lesões de pequenas células indiferenciadas.

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Ovário

A citologia dos tumores ovarianos normalmente ocupa-se do estudo do fluido peritoneal ou aspiração com agulha fina de massas ovarianas, e aos leitores são recomendados textos nos quais o assunto é discutido, para maiores detalhes. Esta sessão ilustra os casos ocasionais nos quais o exame do esfregaço vaginal ou cervical sugere a presença provável de carcinoma ovariano. Continue lendo

Vagina

Um caso de adenose vaginal benigna é ilustrado em 108 a 112. Aquela paciente não havia sido exposta ao DES intra-útero, assim, foi este um exemplo de adenose vaginal congênita. Casos de adenocarcinoma desenvolvidos em meninas expostas ao DES têm sido mais raros neste país (Inglaterra) do que nos EUA, mas aqui apresentado foi um deles (Buckley et al., 1982). A paciente tinha sido exposta ao DES no primeiro trimestre da gestação de sua mãe. Ela teve uma menarca precoce mas por outro lado esteve bem até começar a usar contraceptivos orais com 16 anos. Aos 17 anos de idade ela apresentou-se com sangra-mento pós-coito, e um tumor foi achado ao exame clínico. Continue lendo

Método de blocos celulares

Como mostrado anteriormente, muito do material coletado da cavidade endometrial é na forma de fragmentos de tecidos ou microbiópsias. Quando concentrados dentro de um bloco celular e processados histologicamente, cortes são semelhantes aos da curetagem endometrial. Esta tem a vantagem de mostrar o padrão tecidual, mas morfologia celular individual pode ser desapercebida, Como o bloco consiste de múltiplos fragmentos com uma variedade de aspectos histológicos, é essencial fazer cortes seriados do bloco, examinando cada parte corte.

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Carcinoma adenoescamoso e adenocantoma do endométrio

Não é excepcional ter alterações escamóides benignas em um adenocarcinoma do endométrio, e esta condição é chamada adenocantoma, Mais raramente o componente escamoso é também maligno e a lesão é então um carcinoma adenoescamoso. A distinção é importante por causa do prognóstico menos favorável no caso de carcinoma adenoescamoso. O diagnóstico é normalmente feito histologicamente, embora a probabilidade de um componente escamoso possa ser predita pela presença de células escamosas anormais no esfregaço. Contudo não é normalmente possível decidir se tais células escamosas são benignas ou malignas. Casos 6 e 7 ilustram este fato. Continue lendo