O que é hipertensão arterial ou pressão alta?
TENSÃO ARTERIAL1. O QUE É
É a pressão que o sangue exerce sobre as paredes de veias e artérias durante o seu movimento após o batimento cardíaco (sístole ou pressão sistólica) e durante o intervalo entre os batimentos (diástole ou pressão diastólica).
Ao ser ejetado do ventrículo esquerdo para a artéria aorta pela sístole ou contração do ventrículo, o sangue exerce, em condições normais, uma pressão de 120mmHg, e durante a diástole ou dilatação do ventrículo (quando o ventrículo se prepara para uma nova contração, relaxando e dilatando-se para receber o sangue que vem do átrio esquerdo e que será, após nova sístole, empurrado para o corpo), cai para 80mmHg. Durante a diástole o sangue continua a ser empurrado em direção ao corpo pela contração das artérias (que tem músculos e se contraem) e esta pressão de 80mmHg é a pressão mínima suficiente para que o sangue continue seu movimento.
2. ENTÃO, PORQUÊ SE USA OS TERMOS PRESSÃO MÁXIMA E PRESSÃO MÍNIMA
Para representar estes dois estágios do trabalho cardíaco, ou seja: a sístole ou contração que “empurra” o sangue em direção ao corpo, é a pressão ou tensão máxima, chamada clinicamente de pressão sistólica, enquanto a pressão mínima é a pressão com que o sangue continua a fluir pelas artérias em direção ao corpo, também chamada de pressão diastólica. Esta pressão, resultado da contração das artérias é vital para que o sangue continue sua marcha até chegar a todos os órgãos e tecidos do corpo.
3. MECANISMOS DE CONTROLE DA PRESSÃO ARTERIAL
Se a pressão arterial aumenta, diminui a força de contração cardíaca, diminui o batimento cardíaco (bradicardia) e aumenta a dilatação de artérias e veias.
Renal: controle a longo prazo da pressão arterial. Atua por diversos mecanismos, os mais importantes são o hemodinâmico e o hormonal.
Controle Hemodinâmico: controle da pressão arterial pela quantidade de líquidos e sais de sódio, potássio, cloro e magnésio presentes no sangue.
Se a pressão arterial aumenta, aumenta a eliminação de água e sais pelos rins, diminuindo o volume sanguíneo (volemia) e reduzindo a pressão.
Controle Hormonal: vários mecanismos hormonais interferem na atividade renal, sendo o mais importante o sistema renina-angiotensina renal. A renina é uma enzima que atua sobre proteínas plasmáticas formando angiotensina I, que é convertida em angiotensina II pela enzima de conversão da angiotensina (ECA) presente nos pulmões. A angiotensina II liga-se a receptores angi II localizados na parede de veias e artérias, provocando contração da musculatura dos vasos e aumentando a pressão arterial.
Outro mecanismo hormonal é o da aldosterona, um hormônio produzido na hipófise anterior (na base do cérebro) que controla a eliminação de água nos túbulos renais. Se a pressão arterial aumenta, diminui a secreção de renina, diminuindo a produção de angiotensina I de angiotensina II e também a secreção de aldosterona.
Enzima de conversão da angiotensina (ECA): a Enzima de Conversão da Angiotensina é uma enzima pulmonar que converte a angiotensina I produzida nos rins, em angiotensina II. Se a pressão arterial aumenta, diminui a atividade da ECA, diminuindo a vasoconstrição de veias e artérias, baixando a pressão.Endócrina: os neurotransmissores funcionam como agonistas (que produzem um efeito fisiológico) ou como antagonistas (que atuam como “rolhas” ligando-se aos receptores e impedindo que os agonistas se liguem e façam o efeito hipertensor) de receptores de membrana dos músculos das veias e artérias. Os mais importantes agonistas são a dopamina, a adrenalina (também chamada de epinefrina), noradrenalina e a serotonina, e o antagonista mais importante é a acetilcolina. Se a pressão arterial aumenta, diminui a produção de agonistas e aumenta a de antagonistas.
4. FATORES QUE INTERFEREM OU ALTERAM A PRESSÃO ARTERIAL
5. HIPERTENSÃO ARTERIAL
Este é o termo clínico utilizado quando a pressão arterial está acima dos valores aceitáveis para uma determinada idade.
Causas da Hipertensão Arterial:
6. CONSEQUÊNCIAS DA HIPERTENSÃO ARTERIAL
A hipertensão arterial pode levar a derrames cerebrais (AVC ou Acidente Vascular Cerebral), derrames na retina com cegueira ou dificuldade de visão, varizes, aneurismas (bolsões que se formam nas veias e que podem estourar e até matar uma pessoa de hemorragia interna), infarto do miocárdio, falência cardíaca e renal e uma infinidade de problemas que tornam a sobrevivência difícil e complicada.
7. SINTOMAS
Na grande maioria dos casos, a hipertensão arterial é assintomática, ou seja, não tem sintoma nenhum, mas os afetados podem sentir dor no pescoço com ou sem dor de cabeça, visão turva ou borrada, podendo enxergar um “pisca-pisca” na sua frente, além de vertigens, (tonturas) e amortecimento nos membros.
8. TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL
O primeiro passo para se estabelecer um tratamento eficaz da hipertensão arterial é determinar a causa exata. Se você sentir qualquer coisa diferente, procure medir sua pressão, e caso esteja alterada, procure imediatamente atendimento especializado.
9. MEDIDAS DE PREVENÇÃO