James
Mill aceitou o argumento
de Locke de que a
mente humana, ao nascer, é como papel em branco, uma folha
vazia
que a experiência vai preencher. Quando seu filho JOHN
STUART MILL (1806-1873)
nasceu, Mill resolveu que determinaria
as experiência que iriam preencher a mente do menino, e
empreendeu o que pode ser considerado o mais rigoroso exemplo de
educação particular registrado. Todos os dias,
por
até cinco horas, ele ensinava ao filho grego, latim,
álgebra, geometria, lógica, história e
economia
política, questionando-o repetidas vezes até que
ele
desse as respostas corretas.
John Stuart Mill teve o seu pensamento influenciado pelas descobertas da ciência química, que lhe forneceu um modelo ou contexto diferente do da física, que moldara tão fortemente as idéias de seu pai e dos primeiros empiristas e associacionista. Os pesquisadores na área da química estavam demonstrando o conceito de síntese, segundo o qual os compostos químicos exibem atributos não identificados em suas partes ou elementos componentes. A contribuição adequada de hidrogênio e oxigênio produz água, que tem propriedades que não estão presentes em nenhum dos elementos que a compõem. Do mesmo modo, as idéias complexas surgem de contribuições de idéias simples e possuem características não encontradas nesses elementos. Mill denominou sua abordagem associacionista de química mental.
A segunda contribuição de Mill para a psicologia é o seu persuasivo argumento de que é possível ter uma ciência da psicologia. Mill fez essa afirmação numa época em que outros filósofos, notadamente Auguste Conte, negavam a possibilidade de estudar a mente em termos científicos. John Stuart Mill também propôs um campo de estudo, denominado etologia, dedicado à consideração dos fatores que influenciam o desenvolvimento da personalidade humana.