Na Austrália a propriedade da farmácia é exclusiva de farmacêuticos diplomados em todos os Estados. Não existem redes de farmácias no país. Contudo, é permitido que o farmacêutico participe da sociedade de até 3 farmácias, dependendo do Estado. Apenas os farmacêuticos e as sociedades constituídas por farmacêuticos podem ser proprietários das farmácias.
As farmácias, na Austrália, funcionam sob a responsabilidade e com a assistência diária e permanente do farmacêutico diretor-técnico, que pode ser auxiliado por farmacêuticos assistentes e colaboradores.
Os medicamentos de venda sem a receita médica correspondem a 50% do volume total de venda das farmácias, que são os únicos estabelecimentos autorizados a preparar, distribuir e vender medicamentos. O receituário médico participa com 47,2%.
Não há limitação do número de farmácias. Em 30 de junho de 1987 havia 5.559 farmácias no país, o que corresponde a cerca de uma farmácia para cada 3.000 habitantes.
A farmácia na Austrália fica aberta ao público durante 52 horas por semana e o proprietário trabalha cerca de 50 horas semanais. O farmacêutico é remunerado exclusivamente pela margem de venda dos medicamentos, que é de 37,4%. Os medicamentos australianos estão entre os mais baratos do mundo e, em 1984, as despesas com medicamentos correspondiam a 1 dólar/semana por pessoa.
É importante mencionar que 1.500 farmacêuticos trabalham em farmácias hospitalares e farmácia clínica nos hospitais da Austrália. A farmácia clínica é muito desenvolvida, e cerca de 85% dos hospitais já contam com farmacêutico clínico em seu quadro de pessoal clínico.
Nas Ilhas do Oceano Pacífico, ao redor da Austrália, particularmente em Tonga, Kiribati, Papua New Guinea, Western Samoa e Vanuatu, trabalham cerca de 300 farmacêuticos, em sua maioria estrangeiros, quase todos vinculados ao Ministério da Saúde de seus países. As dificuldades do serviço farmacêutico e de saúde em geral são acentuadas porque a população é muito espalhada pelas ilhas, pelas dificuldades de comunicação, pela distância e pela falta de pessoal.
O atendimento de saúde é complexo e precário em toda a região. O treinamento farmacêutico é realizado em Papua New Guinea. O Poder Público, praticamente, é o único encarregado de dar assistência médica e farmacêutica. Problemas de resistência às drogas, intoxicações e a reações adversas a medicamentos são muito comuns na região.