A tão decantada burguesia nada mais é do que a antiga classe dos comerciantes livres que moravam nos Burgos, as cidades da Europa medieval. Os habitantes dos burgos, os burgueses eram comerciantes, artesãos, homens livres, proprietários de pequenos lotes de terra que, com o passar dos tempos e com a decadência do regime, leis, tradições, costumes e, mais importante, economia, riqueza e poderio feudal, motivado pelas guerras constantes e gastos astronômicos financiados pelos senhores feudais com festas, jogos, dotes, caçadas e outras, foram enriquecendo e, pouco-a-pouco, desbancando, sobrepujando e dominando a classe governante, os vassalos e suseranos por meio das dívidas que estes tinham para com aqueles.
No decorrer de suas lutas contra os privilégios e os desmandos da aristocracia, a burguesia foi elaborando um sistema de idéias adequado às suas aspirações como classe social. Esse sistema de idéias está vinculado com a sua principal atividade econômica, o comércio.
Os valores fundamentais para a burguesia são a igualdade jurídica, tolerância religiosa ou filosófica, liberdade pessoal e social, propriedade privada.
Valorização individual do educando e preocupação com o desenvolvimento da personalidade, busca de conhecimentos psicológicos, defesa da liberdade de pensamento, estimulo à tolerância religiosa e filosófica.
Com a consolidação da sociedade burguesa, a antiga educação para o súdito foi sendo substituída pela educação para o cidadão.