Grandes Alquimistas da Antiguidade Clássica que enfocaram os distúrbios mentais em seus estudos e criaram a Psicopatologia.
ARETEO (50-130d.C.), um observador clínico penetrante, foi um dos primeiros a estudar as personalidades pré-mórbidas do enfermo mental e levou à cabo estudos sobre a evolução clínica de seus pacientes. Foi ele o primeiro a descrever a mania e a depressão como fases de uma só patologia. Recomendou um enfoque eclético em seu tratamento.
SORANO (93-138d.C.), levou a cabo muitas descrições clássicas e precisas das enfermidades mentais. Também recomendou um enfoque humano eclético, fazendo notar que tratamentos rudes são geralmente ineficazes em vista do estado de razão defeituoso do doente mental.
O Grego GALENO(131-201d.C) de Pérgamo, um dos primeiros a manipular medicamentos, tanto que um dos sinônimos de farmacotécnica é farmácia galênica, realizou suas pesquisas pelos idos do século II d.C., e deixou uma obra de mais de cem (100) volumes, onde se misturavam observações próprias, listas de tratamentos e medicamentos tradicionais, listas de medicamentos manipuláveis e conceituações dogmáticas. A influência de GALENO durou aproximadamente um milênio sobre a Europa antiga.
GALENO propagou a teoria dos humores e dos temperamentos de uma maneira tão dogmática que acabou por freiar o desenvolvimento do conhecimento acerca das raízes das enfermidades mentais.
Pérgamo era um domínio romano muito próximo da Grécia e por isso Galeno sofreu forte influência grega e além da criação da farmacotécnica, deu ainda à anatomia e à fisiologia feições de ciências, estas servindo de base para que André Vesálio as transformasse em ciências de fato, poucos séculos após.
Nos anos 300d.C. os irmãos COSME e DAMIÃO, Persas convertidos ao Cristianismo, se destacaram pela dedicação ao tratamento, acompanhamento e orientação dos enfermos de suas épocas. Cosme examinava os pacientes enquanto Damião manipulava as drogas e medicamentos (segundo seus biógrafos). Ambos foram martirizados por suspeitas de bruxaria e canonizados pela Igreja Católica no ano 500d.C., sendo declarados santos e padroeiros da Farmácia (século VId.C.).
San Augustin (354-430d.C) escreveu uma influente obra de auto-análise intitulada de “As Confissões”, onde ilustra o papel das primeiras recordações, os primeiros conflitos emocionais e os sentimentos irracionais na vida mental do homem.
Os conhecimentos dos Gregos clássicos sobre as ciências biológicas e sobre a química foram levados por Alexandre Magno à Alexandria, quando de sua conquistas e difusão do Helenismo e, de Alexandria se transferiram para a Síria, onde fundaram-se as academias e traduziram-se textos alexandrinos e gregos. Mesclada às experiências alquímicas dos sacerdotes egípcios, a ciência grega colaborou no desenvolvimento das Ciências Alquímicas da Síria até fins do século V, quando, por motivos religiosos, os estudiosos foram expulsos, as bibliotecas queimadas e as academias fechadas. Alguns sábios remanescentes se refugiaram na Pérsia e continuaram precariamente seus estudos até o século VII, quando caíram sob o domínio dos árabes em expansão.
Por ordem de Alexandre Magno, foi construída na cidade que leva o seu nome, Alexandria, no delta do Rio Nilo, no Egito, uma imensa biblioteca, destinada a abrigar todas as obras, pesquisadores, cientistas, enfim, toda a cultura daquela época, mas que foi inicialmente atacada pelos Árabes comandados pelo Califa Omar, cujos generais queimaram metade do acervo em suas caldeiras para esquentar água de banho, e a outra metade foi destruída pelos Cruzados, por ordem do Papa da época, Gregório IX. Se não fosse esses nefastos e odiosos crimes contra a própria humanidade, o mundo de hoje poderia ser bem melhor, ou bem pior do que é. Provavelmente, segundo contam os historiadores e de acordo com a evolução e o volume da produção científica da época, o homem já poderia ter conquistado o espaço e os outros planetas há muitos séculos, pois comprovadamente, a destruição da Biblioteca de Alexandria sepultou descobertas que poderiam ter adiantado, em muito, as conquistas do homem, ou então, o homem já poderia até ter destruído este planeta há muitos séculos. Quem sabe, não?